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Casa Pia: vítimas repetem exames

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Tribunal decidiu que dez miúdos vão ser sujeitos a novos testes. Objectivo é determinar a credibilidade dos depoimentos. Vítimas podem recusar, como já fizeram há um ano, mas advogado acredita que, desta vez, deverão concordar. Até para acabar com eventuais dúvidas. Advogado de Cruz satisfeito: «Vão ajudar a descobrir a verdade». Abusos sexuais na Casa Pia continuam

O tribunal que julga o processo Casa Pia decidiu sexta-feira mandar repetir os exames periciais a uma dezena de alegadas vítimas. Terão, portanto, de ser sujeitos a entrevistas e testes psicológicos para determinar a credibilidade dos depoimentos. Os exames serão realizados por peritos do Instituto de Medicina Legal.

Recorde-se que há cerca de um ano a Juíza Ana Peres já tinha determinado a realização de novos exames, pedidos pelo advogado de defesa de Carlos Cruz, mas as vítimas recusaram fazê-los. Uma situação, aliás, que pode voltar a acontecer.

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Em declarações ao PortugalDiário, o advogado das vítimas, Miguel Matias, confirma esta insistência de novos exames por parte da juíza. «Estes testes vão apenas avaliar a capacidade das testemunhas para prestar depoimento», esclarece o causídico.

Miguel Matias acredita que, desta vez, os miúdos devem concordar em realizar os exames, mas ainda vai falar com eles individualmente. O advogado das vítimas sublinha também que considera positivo a realização de novos testes para acabar com eventuais dúvidas em relação aos exames já realizados.

O PortugalDiário sabe que estes novos testes serão feitos pelos mesmos três peritos do IML nomeados há um ano pelo colectivo de juízes que está a julgar o caso Casa Pia.

Ricardo Sá Fernandes também confirmou à agência Lusa a notificação que recebeu do colectivo de juízes, presidido por Ana Peres e congratulou-se com a diligência, apesar de reconhecer que «vai atrasar ainda mais o julgamento».

«Espero que as perícias sejam bem feitas e que tudo seja feito em benefício da descoberta da verdade», afirmou o advogado, realçando que «são preferíveis mais diligências para ter mais certezas do que uma decisão apressada e sem todos os elementos».

O advogado do arguido Carlos Cruz considera que, «pesando os pratos da balança, é sempre preferível ter melhores garantias para que a verdade seja alcançada. O pior que podia acontecer era o processo chegar ao fim sem se ter a noção da verdade». E estes testes «vão ajudar a descobrir melhor a verdade».

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