Mais de 500 profissionais de saúde frequentaram já os cursos de formação para «ensinar» doentes a deixar de fumar da Sociedade de Pneumologia, que com a iniciativa pretende preparar os centros de saúde para os desafios da nova lei do tabaco, informa a Lusa.
Nas vésperas do Dia Nacional do Não Fumador, que assinala sábado, Cecília Pardal, da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), acredita que deixar o vício do tabaco é possível e «pode ser fácil caso se tenha um acompanhamento correcto», que deve ser feito pelo médico, muitas vezes com recurso a fármacos.
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Por considerarem que há uma falha a nível nacional na formação dos médicos, os responsáveis da SPP estão a promover estes cursos, que acreditam que pode ser uma ferramenta essencial para preparar os centros de saúde para terem consultas específicas para deixar de fumar.
Os cursos, destinados aos clínicos gerais, têm são divididos em duas partes: transmissão de conhecimentos gerais sobre tabagismo e explicação de quais os passos que devem ser dados para levar um doente a deixar de fumar.
Todos os profissionais de saúde, desde o médico ao enfermeiro, devem perguntar sempre a um doente sobre os seus hábitos tabágicos, independentemente do tipo de consulta ou de exame em que esteja a participar. Também em qualquer consulta, o médico de clínica geral deve tentar perceber qual o grau de motivação do doente fumador para deixar de fumar.
Efeitos começam 20 minutos depois
Os efeitos de deixar de fumar começam a sentir-se logo 20 minutos depois, mas só passados 10 a 15 anos é que o risco de ter doenças do coração fica igual ao de um não fumador, segundo pneumologistas.
Dados da SPP indicam que bastam 20 minutos sem fumar para que a tensão arterial desça e que depois de 24 horas sem tabaco o risco de enfarte diminui.
Para sentir uma redução na tosse e no cansaço quem deixa de fumar tem de esperar entre um e nove meses e um pouco mais, cerca de 12 meses, para ver decrescer para metade o risco de contrair doença coronária.
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