Mais de 200 pessoas participaram esta terça-feira à tarde num desfile a pé pelas ruas da cidade alentejana de Vendas Novas (Évora), como forma de protesto contra o encerramento das urgências no centro de saúde local, noticia a Lusa.
Convocado pelo Movimento de Cidadãos Independentes pela Defesa das Urgências no Centro de Saúde de Vendas Novas (MCIVN), o desfile começou pouco depois das 16h30, causando algum condicionamento do trânsito no centro da cidade.
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Fonte da GNR reconheceu à Lusa que o trânsito processou-se com mais lentidão do que o habitual durante o protesto, em que participaram duas a três centenas de pessoas, incluindo os autarcas do concelho.
O desfile partiu do centro de saúde em direcção à estrada nacional que atravessa a cidade até à zona da Boavista, regressando depois ao ponto de partida.
Anabela Vagarinho, do MCIVN, garantiu que a população continua motivada e unida em defesa desta causa, que é a manutenção do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do centro de Saúde.
O novo protesto em Vendas Novas surgiu depois de responsáveis autárquicos e do movimento de cidadãos terem reunido, na semana passada, com a presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, Rosa Matos.
Na altura, o presidente do município, José Figueira (CDU), afiançou à Lusa ter recebido a informação da ARS do Alentejo de que o SAP «vai fechar» e de que «não vai ser instalado qualquer Serviço de Urgência Básico (SUB) em Vendas Novas».
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O autarca argumentou que esse cenário «confirma que não há qualquer recuo do Governo quanto às urgências no concelho e que as reivindicações da população não foram atendidas».
Em causa está o relatório final da comissão técnica para a requalificação e redistribuição geográfica da rede nacional de urgências, apresentado a 1 de Fevereiro, onde foi sugerido o fecho do SAP de Vendas Novas.
De acordo com o mesmo relatório, o centro de Saúde local também não será contemplado com a criação de um SUB, depois de uma proposta inicial da comissão técnica que apontava em sentido contrário.
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