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Maddie: «Processo não foi afectado»

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Ministro diz que era seu «dever manter a confiança no director» da PJ

Actualizada às 14h50

«Tenho indicações que o curso superior do processo não foi afectado por este momento», disse esta quarta-feira o ministro da Justiça, Alberto Costa, que está no Parlamento a pedido do CDS-PP, para explicar as recentes declarações de Alípio Ribeiro sobre o caso do desaparecimento de Madeleine McCann. O director nacional da PJ admitiu, numa entrevista ao Público e RR que terá havido «precipitação» ao constituir o casal como arguidos.

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«Era meu deve manter a confiança no director nacional» da Polícia Judiciária. «Outra atitude teria conduzido a inconvenientes maiores», disse Alberto Costa, que foi ouvido na Assembleia da República e considerou que os investigadores da PJ não são pessoas demasiado «sensíveis». Alberto Costa adiantou ainda que «caminhamos» para a conclusão do processo.

O ministro garantiu que «não percebe alusão» de que «o sistema judicial está fora de controlo», porque, «a constituição de arguido, na altura, era da [responsabilidade da] Polícia Judiciária», uma vez que ainda não estava ainda em vigor o novo Código do Processo Penal. O responsável pela pasta da Justiça considerou também que é «prematuro» e «ruído» dizer que há fracasso na investigação criminal.

Questionado sobre se terá havido violação do segredo de Justiça com estas declarações, Alberto Costa garantiu que se fosse esse o caso «de certo já haveria um inquérito», nomeadamente na Procuradoria-Geral da República.

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Declarações «infelizes»

O deputado Ricardo Rodrigues, do PS, considerou que as declarações de Alípio Ribeiro foram «infelizes», mas não o suficiente para que a decisão do ministro Alberto Costa fosse outra.

Já o deputado do PSD, Montalvão Machado, afirmou que as declarações do director da PJ não eram «infelizes», mas sim «surpreendentes». O deputado questionou o ministro sobre o que aconteceu no processo para que Alípio Ribeiro fizesse aquelas afirmações, no entanto, o ministro da Justiça não respondeu a esta questão, também colocada pelo deputado Nuno Melo, do PP, afirmando que «não sei, não quero, nem posso saber».

Também pelo PSD, Aguiar Branco, que afirmou que parece haver uma tendência para uma «política de desvalorização» das declarações efectuadas pelos agentes da Justiça e que esta é uma «má política». O deputado afirmou que «andamos a brincar com o fogo» e que parece que os agentes da Justiça «adoptaram os media para falar entre si». «Há um défice na relação institucional» e um uso do «palco mediático».

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