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«Pidá» suspeito de 17 crimes

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Alegado líder do Gang da Ribeira indiciado por dois homicídios qualificados

O único advogado destes suspeitos a querer falar com os jornalistas após a longa sessão no TIC foi Luís Vaz Teixeira, que representa Bruno «Pidá». Tanto Carlos e Luísa Macanjo, que representam Mauro e Fernando, como Carla Vieira, que representa ngelo Miguel, preferiram remeter-se ao silêncio, alegando que primeiro teriam de falar com os seus clientes.

Bruno Pinto, mais conhecido por «Pidá», está indiciado por dois homicídios qualificados em co-autoria do empresário Aurélio Palha e do segurança de Miragaia, Ilídio Correia, bem como de 12 tentativas de homicídio, um crime de ofensa à integridade física, um crime de posse ilegal de arma e outro de associação criminosa.

De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário, o alegado líder do gangue da Ribeira é suspeito de tentar matar Berto Maluco, na noite da morte de Aurélio Palha. Além disso, o Ministério Público indicia-o ainda pela tentativa de homicídio das cinco pessoas que acompanhavam Ilídio Correia, na noite do crime, bem como de ofensa à integridade física e tentativa de homicídio, noutra ocasião de Natalino, irmão de Ilídio, durante os disparos no túnel da Ribeira, dias antes da morte do segurança de Miragaia.

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«Pidá» é ainda suspeito de tentar matar Ilídio Correia e o seu irmão Benjamim, aquando de uma deslocação destes à Ribeira. Nessa ocasião, os dois irmãos, que se encontravam acompanhados de outras pessoas, foram recebidos com vários tiros, disparados de uma plataforma superior, junto ao café do Clube de Futebol «Os Ribeirenses».

O crime de posse ilegal de arma reporta-se ao revólver 9mm, encontrado na casa da mãe de Bruno Pidá, no mesmo edifício em que este residia, na Rua do Almada, no Porto.

Mauro Santos está indiciado por dois homicídios, seis tentativas de homicídio, um crime de detenção de munições e outro de tráfico de droga.

Fernando Martins (Beckham) é suspeito de um crime de homicídio (Ilídio Correia), dez tentativas de homicídio, um crime de detenção de arma proibida e outro de tráfico de estupefacientes.

ngelo Miguel Ferreira é suspeito de um homicídio (Ilídio), cinco tentativas de homicídio e um crime de detenção de arma proibida e outro de associação criminosa. Todos os arguidos estão indiciados por crime de associação criminosa.

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Hipóteses de recurso

Sem querer entrar em muitos pormenores, Vaz Teixeira acenou com a hipótese de recorrer da decisão da juíza Anabela Tenreiro, mas, para já, terá de estudar «muito bem e com serenidade todo o processo». «O meu cliente clama inocência, diz que não tem qualquer ligação com os crimes. Agora termos de ver se as provas são ou não falíveis», referiu, passando a dar exemplos:

«Fala-se muito das páginas no Hi5, mas podem existir coisas que não são exactamente verdadeiras, como as armas. Também falam de um vídeo que apareceu na Internet. O grupo chama-se bandidos, mas as pessoas que lá aparecem não são necessariamente bandidos, podem só ser figurantes. Também ninguém cuidou de saber se as pistolas são verdadeiras ou se apenas libertam chumbos. Ou até se são de paint-ball. Tenho um prazo para interpor recurso, por isso vou analisar muito bem tudo o que está registado».

Os próximos passos da defesa serão, então, imergir em todos os documentos, fotocópias e provas reunidas para, depois, passar a uma estratégia de contra-ataque. Entretanto, os quatro detidos ficarão a aguardar novas instruções no Estabelecimento Prisional de Custóias, sendo que, perante os indícios poderão ficar em prisão preventiva durante o período de um ano.

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