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Mulher de Pidá: «O Bruno é bode expiatório»

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Telma Sequeira fala em inocência e lança acusações à própria Polícia Judiciária

De repente, os jornalistas passaram de bestas a bestiais à porta do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, onde foram ouvidos os arguidos envolvidos na operação «Noite Branca». Se no início da semana houve agressões de populares a repórteres, esta quarta-feira foram feitos apelos directos para que os meios de comunicação social ajudem os implicados.

Já depois dos próprios quatro indivíduos que vão permanecer em prisão preventiva se terem manifestado pela primeira vez, com gritos de revolta, acusações à Polícia Judiciária e à própria Justiça, a mulher de Bruno Pinto «Pidá» pediu para falar com os jornalistas, tentando passar a sua versão dos acontecimentos.

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Telma Sequeira falou em «inocência» e passou ao ataque, dizendo ter uma prova que pode incriminar um inspector da Polícia Judiciária. «Isto que se está a fazer é uma injustiça. Há três meses recebi na minha caixa de correio um saco de plástico com um telemóvel e um código PIN. Pensei que era coisa de mulheres e fui logo ver as mensagens. Vi uma enviada por um inspector Faustino a um senhor Carlos a pedir para arranjar uns miúdos de Valbom para testemunhar contra o Pidá no caso da Mercedes C220 preta [ndr: assassinato de Aurélio Palha à porta da discoteca Chic]».

Tentando acalmar-se e articulando um discurso fluente, a companheira de Pidá diz não ter dúvidas: «Tentaram forjar provas contra o Bruno. Ele está inocente, é um bode expiatório». E quanto à prova: «Tenho-a bem guardada e agora não confio em ninguém. Quis mostrar a mensagem à juíza, mas não foi possível. O advogado sabe disso».

Acusações cruzadas

De resto, Telma dirigiu acusações à família de Ilídio Correia. «Tenho uma queixa na Polícia contra o Benjamin porque ele foi ao meu local de trabalho ameaçar-me. Disse que me dava um tiro, mas primeiro ia o meu marido. Eles é que se meteram com o meu homem e ele, aliás, apresentou queixa contra eles. O Bruno, para ser segurança, tem que apresentar o cadastro limpo no Ministério da Administração Interna; enquanto eles são todos cadastrados».

Um outro pormenor apontado pela mulher de Bruno Pinto é o facto da Polícia Judiciária não ter encontrado qualquer arma em sua casa. «Eu tive de assinar os autos e a única coisa que encontraram em nossa casa foi uma navalha minha e uma do Bruno. Não estava lá nenhuma arma».

Este dado é, de alguma forma, corroborado pelo seu advogado Luís Vaz Teixeira. «O meu cliente pode dizer que a arma não estava em sua casa, embora havendo a hipótese de ter sido encontrada numa habitação frequentada por ele. Mas aí eu posso pedir uma perícia ao próprio saco de plástico onde estava e depois perceber-se que as impressões digitais não eram dele. Depois, posso pedir uma análise balística para perceber se a arma alguma vez foi disparada», frisou, referindo-se ao revólver de nove milímetros encontrado pela PJ numa das habitações da Rua do Almada, número 30, onde estava «Pidá».

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