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Matemática: exame não foi <i>papão</i>

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Este é o exame para o qual os alunos estudam mais e parece estar a resultar. À saída, a maioria diz que «correu bem». Prova à hora do almoço não agradou, «mas os professores deixaram levar uns chocolatinhos». A meia-hora a mais «foi fundamental», dizem

Para muitos alunos, este era o exame-papão: Matemática. Não foi o primeiro, mas era o mais temido e aquele para o qual mais estudaram. O PortugalDiário falou com os alunos antes e depois do exame. O balanço parece ser positivo e a meia-hora extra foi «fundamental», dizem.

Eram 11 horas e aos poucos os alunos iam chegando à secundária Clara de Resende, no Porto, para a prova de Matemática. No rosto de muitos, o sorriso não conseguia disfarçar o nervosismo, noutros, a apreensão era assumida. Havia quem ainda trouxesse os apontamentos na mão. «É para fazer a revisão de última hora», diziam. Outros, já tinham arrumado as folhas na noite anterior. «Agora é para relaxar».

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José Pedro Freitas, de 20 anos, estava com o olhar nervoso de quem está prestes a entrar numa sala de exame. É o segundo ano que faz a prova e «desta vez não pode falhar». O sete que tirou no ano anterior impediu-o de concluir o secundário e de entrar para o curso pretendido: Economia. Nos últimos meses estudou a sério, e para esta prova nem pede muito: «basta 9,5 valores».

No final do exame, o jovem não estava mais calmo. «Correu mais ou menos», afirmou, já a mentalizar-se de que «se calhar, é preciso repetir no dia 13».

Semblante diferente mostrava Diogo Félix, de 17 anos, que chegou sorridente à escola. Este foi o exame para o qual estudou mais, mas isso não o impede de estar «um bocadinho nervoso», até porque esta é uma disciplina específica para o curso de Economia.

À saída, o sorriso mantinha-se. «Correu bem. Não era básico, mas com estudo e empenho fez-se bem», afirmou com a segurança de quem acredita que vai tirar uma boa nota. «Deve dar para um 16, o que não era mau e até dava para subir a média».

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Exame à hora de almoço é que parece não ter agradado, até porque «a meio começou a dar fome, mas os professores deixaram levar uns chocolates e deu para aguentar». E para este aluno, a meia-hora a mais que o exame teve em relação ao ano passado «foi fundamental. Deu para rever o exame e corrigir algumas coisas que estavam erradas».

Já Filipe Martinho não estava tão satisfeito. «Acho que o exame dá para 17, mas estava à espera de mais».

Exame decisivo

Na Escola Secundara da Amadora o João, a Raquel, o Carlos e as Joanas começaram a manhã apreensivos. Não era para menos, faltava menos de meia hora para o exame, para quase todos «decisivo». «É este exame que me vai decidir a vida», revelou Joana Pirralho, que espera que as duas horas diárias que passou no último ano no explicador venham a dar frutos.

Já Joana Guerreiro estava mais pessimista. A matemática «desgraçou-lhe» o 12º. No entanto, disse ter estudado muito para o exame à específica a que vai com 11 de nota.

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Estava expectante, assim como o João que fez uma directa e não dormiu a pensar nos números. Já não é estreante e foi a exame pela terceira vez à específica que lhe deu «azar» nos anos anteriores. «Este ano vou conseguir, estudei para isso», afirmou. Mais um «azar» e a entrada no curso superior de Tecnologias da Informação terá de esperar mais um ano.

Duas horas depois, o pior já tinha passado. «Acho que à terceira é de vez», afirmou João. Joana Pirralho saiu da sala com mais certezas e menos dúvidas, «correu muito melhor que os testes». As probabilidades não a deixaram fazer duas perguntas, mas espera um 11 na pauta final.

Para Raquel, o «tempo insuficiente» para a estrutura «grande» da prova não a impediu de fazer mais cálculos ao futuro. Não fez duas perguntas mas, depois de comparar enunciados espera só ter uma questão errada. «Não era muito difícil» disse em coro com a amiga Joana Guerreiro. Os temidos «complexos e desvios-padrão» dificultaram a prova às duas, mas acham que dá para passar.

O colega Carlos parecia mais confiante. «Esperava problemas mais complicados», contou à saída da escola ao PortugalDiário. A entrada no Técnico para Engenharia Biológica parece mais próxima. «Pelas contas acho que dá para um 18», concluiu.

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