Director do «Diário Económico» nunca se sentiu condicionado - TVI

Director do «Diário Económico» nunca se sentiu condicionado

Diário Económico

António Costa garante que Ongoing nunca «condicionou» a actuação do jornal. «A linha editoral é definida por mim»

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O director do «Diário Económico», António Costa, garantiu esta quinta-feira no Parlamento que em «nenhum momento» desde que está no cargo, o trabalho desenvolvido no jornal foi condicionado pelo presidente da Ongoing, empresa que detém o jornal.

O jornalista que exerce o cargo de director do «Diário Económico» desde Junho de 2008 falava esta quinta-feira na comissão parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura, no Parlamento, no âmbito do processo sobre liberdade de expressão e alegada interferência do Governo na comunicação social.

«Em nenhum momento desde que sou director, o presidente da Ongoing condicionou directa ou indirectamente a actuação do «Diário Económico» ou de algum jornalista. A linha editorial do jornal é definida por mim e as opções que fiz enquanto director são opções fundadas em razões editoriais».

António Costa disse ainda aos deputados que um jornal só pode ter sucesso se for independente «porque os leitores não são estúpidos».

Director do DE publicaria crónica de Mário Crespo



António Costa disse ainda que publicaria a crónica de Mário Crespo, recusada pelo «Jornal de Notícias» onde o jornalista assinava uma coluna semanal. «Como notícia não publicaria. Como crónica publicaria».

A crónica de Mário Crespo, intitulada «A Última Crónica», falava de alegadas críticas que o primeiro-ministro teria feito ao jornalista da SIC durante um almoço em Lisboa.

O director do DE garantiu ainda «nunca» ter feito censura sobre alguma crónica. «Algumas até tocaram na Ongoing [grupo que detém o jornal] e não deixaram de ser publicadas».

António Costa foi chamado à comissão parlamentar no âmbito de um requerimento do PSD para ouvir personalidades sobre liberdade de expressão e alegadas tentativas do Governo de interferir na comunicação social.

As audições começaram quarta-feira com o ex-diretor do Público José Manuel Fernandes e o jornalista da SIC Mário Crespo.

Durante a audição, José Manuel Fernandes também assegurou que «teria publicado» a crónica de Mário Crespo «se fosse essa a vontade do autor».
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