Lisboa volta a ter ligação direta a Bissau a 14 de novembro - TVI

Lisboa volta a ter ligação direta a Bissau a 14 de novembro

Aeroporto de Lisboa (Lusa)

Governo guineense garante estarem asseguradas as condições de segurança. Voos suspensos desde dezembro devido ao embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 cidadãos sírios com documentação falsa

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Notícia atualizada às 15:05

A ligação aérea semanal entre Lisboa e Bissau operada pela companhia portuguesa EuroAtlantic inicia-se a 14 de novembro, disse o secretário de Estado dos Transportes guineense, que garantiu estarem asseguradas as condições de segurança.

João Bernardo Vieira falava na cerimónia de assinatura do acordo entre a Guiné-Bissau e a EuroAtlantic, que decorreu em Lisboa e contou com a presença do primeiro-ministro e do ministro das Finanças guineenses, Domingos Simões Pereira e Geraldo Martins, respetivamente.

«Os voos irão começar a 14 de novembro, numa primeira fase com um voo semanal e, conforme a procura podem ser dois ou três semanais» e vão resolver «uma deficiência de ligação entre Bissau e Lisboa», referiu o secretário de Estado.

Em resposta a uma questão dos jornalistas sobre a segurança, incluindo os cuidados na prevenção do Ebola, João Bernardo Vieira salientou que, «neste momento o Governo assume todas as condições» para que se aterre na Guiné-Bissau.

O primeiro-ministro avançou que esta medida «obrigou a algum esforço financeiro importante» do Governo, mas o importante é que «os interesses dos cidadãos guineenses serão salvaguardados».

No entanto, «esta é uma solução transitória». «Vamos continuar a discutir com vários parceiros, nomeadamente com a EuroAtlantic, e muito proximamente vamos dar a conhecer uma solução mais definitiva, que responde cabalmente à expetativa para a ligação Lisboa Bissau, mas também a outros destinos», avançou Domingos Simões Pereira.

O secretário de Estado especificou que «a ambição» do país é criar uma companhia aérea nacional, objetivo que, aliás, «consta no programa de Governo».

Quanto ao regresso da TAP às ligações aéreas com Bissau, interrompidas em dezembro de 2013 e com previsão, entretanto adiada, de retoma em outubro, João Bernardo Vieira defendeu que a operação da EuroAtlantic «não será obstáculo, a concorrência é sempre bem vinda».

O secretário de Estado esclareceu que só teve conhecimento da decisão da companhia aérea portuguesa de adiar o regresso a Bissau através dos orgãos de comunicação social, mas apontou que «a Guiné Bissau não tem acordo com a TAP, tem com o Estado português».

O presidente da EuroAtlantic, Tomaz Metello, anunciou que a companhia recebeu esta sexta-feira «a autorização da aviação civil portuguesa, do Governo, para operar voos regulares para a Guiné-Bissau» e recordou que o acordo bilateral entre os dois países permite a duas empresas voarem para Bissau.

«Vamos operar, mas considero que é em nome da companhia da Guiné-Bissau que eventualmente será formada e este é o arranque e o princípio dessa própria companhia», defendeu Tomás Metello.

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau referiu ainda que durante a permanência em Lisboa tem agendados encontros com empresários e políticos portugueses, o que «é uma demonstração clara de que não há qualquer problema na relação entre os dois Estados».

A TAP suspendeu os seus voos para Bissau em dezembro de 2013 na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 cidadãos sírios com documentação falsa. A 15 de outubro anunciou não estarem reunidas as condições operacionais para retomar os voos para a Guiné-Bissau, previstos então para 28 de outubro, adiando o regresso por um período «não inferior a 45 dias».

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