Alguma vez serão elas mais ricas do que eles? - TVI

Alguma vez serão elas mais ricas do que eles?

Mulheres começam a impor-se no mundo dos negócios. Prova disso é a presença cada vez maior que têm nas listas dos mais ricos

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Desde há alguns anos que as mulheres têm ganho terreno no mundo dos negócios. Mas conseguirão algum dia ocupar mais lugares do que os seus homólogos masculinos, nas listas dos mais ricos do mundo?

O ranking das mil pessoas mais ricas do Reino Unido inclui, em 2011, um record de presenças femininas. São 105 as mulheres que ocupam a lista do periódico inglês «Sunday Times» que, no ano passado, contava apenas com a presença de 99 mulheres.

A encabeçar a lista deste ano está Mary Perkins, uma das fundadoras da multinacional óptica, Specsavers.

A sexta mulher mais rica do reino de Sua Majestade é J.K. Rowling, rainha sim, mas da saga Harry Potter, com uma fortuna avaliada em pouco mais de 725 mil milhões de euros.

Ainda assim, as mulheres representam apenas 10% da riqueza do Reino Unido, e grande parte foi gerada por outros, como é o caso de divórcio, casamento ou herança.

Segundo o «Sunday Times», a mulher mais rica de Inglaterra é Kirsty Bertarelli, compositora e antiga Miss daquele país, cujo marido foi co-fundador da empresa de biotecnologia, Serono.

O segundo lugar é ocupado por Charlene de Carvalho, a herdeira da marca de cerveja Heinken, com cerca de 4,9 mil milhões de euros.

Tina Green, esposa do magnata do sector do retalho Philip Green, ocupa a terceira posição do ranking, empatada com Charlene de carvalho.



Divórcios milionários

Grande parte das fortunas femininas patentes na lista deste ano foram obtidas através de divórcios. É o exemplo de Slavicia Ecclestone, ex-mulher do presidente Fórmula 1, Bernie Ecclestone, e Irana Abramovich, recém-divorciada de Roman Abramovich, e que após o fim do enlace arrecadou, por ordem do tribunal, 180 milhões de euros.

Um artigo recente do «Telegraph» de Londres explica que os divórcios de celebridades milionárias são um dos motivos para o aumento do número de representantes, no feminino, já que a cidade se tornou, para além da capital do país, a «capital divórcio do mundo».

De acordo com o jornal inglês, muitas das decisões judiciais que concedem grandes fortunas a esposas dos cidadãos mais ricos, são tomadas em tribunais londrinos.

Nos EUA confirma-se a tendência

Basta ver a primeira página da lista Forbes das 400 pessoas mais ricas dos Estados Unidos da América em 2011, para encontrar uma mulher.

Em sexto lugar, e à frente de empresários como Larry Page da Google ou Mark Zuckerberg do Facebook.com, está Christy Walton, com uma fortuna avaliada em quase 17,8 mil milhões de euros.No entanto, e à semelhança do verificado na lista inglesa, as fortunas norte-americanas no feminino foram conquistadas, em grande parte, através de herança.

Christy Walton é viúva de John Walton, médico na guerra do Vietname que morreu num acidente de avião em 2005.

Com a herança deixada pelo marido, Walton investiu em algumas empresas, entre as quais a Wal-Mart, a cadeia de lojas fundada pelo seu sogro, Sam Walton, em 1962.

O ano passado, a viúva recebeu quase 217,5 milhões de euros em dividendos da empresa. Aos 56 anos de idade, Christy Walton tem uma fortuna avaliada em cerca de 17,8 mil milhões de euros.

A mulher que precede a Christy Walton na lista é, precisamente, a sua ex-cunhada. No 10º lugar do ranking norte-americano, a irmã do já falecido John Walter é uma das herdeiras do negócio do pai, Sam Walton. A revista Forbes estima que a sua fortuna esteja acima dos 15 mil milhões.

A lista das 400 pessoas mais ricas dos EUA conta este ano com a presença de 33 mulheres, quase todas associadas a fortunas dos respectivos maridos ou a heranças de família.

Uma das excepções é a apresentadora e empresária Oprah Winfrey, com uma fortuna auto-gerada, de quase 2 mil milhões de euros este ano.
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