Barroso pede solidariedade com países em dificuldades

O presidente da Comissão Europeia (CE) voltou esta terça-feira à tarde a defender a solidariedade da Zona Euro para com os países financeiramente mais frágeis da moeda única.

Mesmo depois de não se ter conseguido chegar a consenso quanto ao reforço do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), um reforço que contou com a oposição declarada da Alemanha e da Holanda, Durão Barroso defendeu o reforço do mecanismo.

Durão Barroso, que falava num debate no hemiciclo sobre inovação e energia, o tema da próxima cimeira de líderes europeus, de 04 de Fevereiro, respondia a uma questão colocada pela eurodeputada portuguesa comunista, Ilda Figueiredo, que questionou o presidente da Comissão sobre o que a UE se propunha fazer para ajudar países que estão a fazer cortes nos investimentos públicos nestas áreas «em nome da consolidação financeira».

Defendendo que é indispensável fazer a consolidação orçamental, nomeadamente num país como Portugal, que está a enfrentar alguns problemas com a sua dívida soberana, Durão Barroso lembrou que a Comissão pediu aos Estados-membros que, «se possível, não reduzam os investimentos nem na educação, nem na investigação, nem especificamente no sector da energia».

Durão Barroso apontou que há Estados-membros que «estão a fazer isso com grande sucesso», pois, apesar de aplicarem programas de consolidação orçamental, até aumentaram os fundos para investigação e educação, mas admitiu que, «em relação aos países com maior dificuldade financeira, é necessário também jogar com a solidariedade e a coesão».

«É por isso que não me cansarei de defender, também no plano europeu, a coesão económica, social e regional. A solidariedade é importante, a solidariedade não pode ser uma palavra vã. É necessário, se me permitem a expressão, operacionalizar a solidariedade», afirmou.