Ajuda: Governo espera «bom senso» da Finlândia - TVI

Ajuda: Governo espera «bom senso» da Finlândia

É preciso uma resposta concertada a nível europeu, diz o ministro da Presidência

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A Finlândia está a ameaçar bloquear a ajuda a Portugal. O Governo veio já dizer que está a acompanhar a situação, mas espera «bom senso» do parceiro europeu, porque a situação que o país atravessa exige «uma resposta concertada» a nível europeu.

Pedro Silva Pereira lembrou esta quinta-feira, no final da reunião semanal do Conselho de Ministros, que a Finlândia vive neste momento «um período de disputa eleitoral onde esta é uma das temáticas presentes».

Mas o Governo português mantém aquilo que sempre disse. «A situação que se verifica nos mercados financeiros de dívida soberana exige uma resposta concertada da Europa e em particular dos países da moeda única. Se não houver esse espírito de solidariedade na construção de uma resposta integrada da Europa a esta situação, então é o próprio projecto europeu que tem a perder». Daí que o Executivo espere que «nessa matéria o bom senso venha a prevalecer».

Há sérios riscos de que este país não venha a contribuir para o resgate de Portugal. E isso pode pôr em jogo a capacidade de a Zona Euro garantir a sua própria estabilidade financeira.

As últimas sondagens mostram que muitos finlandeses não querem que o país apoie Portugal nem qualquer aumento de garantias para o fundo europeu. São já 48%, segundo disse à Reuters o assessor do Ministério das Finanças finlandês, Martti Salmi.

Pior: «Eu tenho viajado pelo país, fui a 14 cidades nas últimas semanas e muitas pessoas estão relutantes em entrar em qualquer tipo de debate racional. Dizem simplesmente: `É errado ajudar Portugal, tal como foi errado ajudar a Grécia, devemos deixá-las cair na bancarrota`».

Antes da Finlândia tinham já sido levantadas dúvidas sobre a ajuda da Alemanha a Portugal, devido a uma providência cautelar interposta por um grupo de juristas e economistas, o Europolis. A providência ainda não deu entrada no Tribunal e o Governo português acredita que a Alemanha também não será obstáculo ao resgate.

O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, reiterou esta quinta-feira que a ajuda a Portugal estará pronta dentro de semanas.
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