Os números são negros e as perspectivas também. A solução, para muitos licenciados, passa por ir para fora do país. Portugal nunca teve tanta gente qualificada, mas as portas para encontrar um emprego não param de se fechar.
Senão vejamos: a taxa de desemprego entre os jovens é mais do dobro da geral, que está agora cifrada nos 10,9%; e só cerca de um terço é que consegue ter mais do que um contrato a termo, trabalho a recibos verdes ou qualquer outra função pautada pela precariedade.
O que fazer para contornar as estatísticas? Um em cada dez licenciados chega mesmo a fazer greve geral do país e emigra, revela o jornal «Público» na sua edição desta quarta-feira.
Portugal é um país de baixas qualificações e, mesmo assim, está a deixar ir embora quem poderia trazer mais competitividade à economia.
«O fluxo da emigração atingiu nesta década valores só comparáveis aos do êxodo dos anos 60 do século passado e os números só baixaram nos últimos dois anos porque a crise também se faz sentir lá fora», escreve o «Público». Fala-se em 60 mil saídas por ano, contra as 70 mil dos anos 60.
Hoje cumpre-se um dia histórico de greve geral que junta a CGTP, a UGT e muitos portugueses. Alguns jovens qualificados, os melhores, já arriscaram sair do país e assistem aos protestos à distância. Será que acreditam que um dia podem voltar?
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São os mais qualificados de sempre, mas têm de emigrar
- Redação
- VC
- 24 nov 2010, 10:32
![Alunos voltam às ruas](https://img.iol.pt/image/id/13215823/1024.jpg)
Um em cada dez licenciados abandona Portugal. Fazem greve geral do país
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