«Baixa de impostos já» - TVI

«Baixa de impostos já»

Paulo Portas no 23º Congresso do CDS-PP (JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA)

Portugal deve seguir exemplo de Espanha, França, Alemanha e EUA e ajudar famílias e PME`s com redução fiscal. Investimento público não tem o mesmo efeito imediato.

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Mais de uma hora de discurso e mais de dez referências à discussão interna no CDS-PP como «minudências». Paulo Portas quer que o XXIII Congresso do partido, que começou este sábado, nas Caldas da Rainha, seja virado para «fora» e apostou boa parte da sua intervenção na reunião-magna com a solução democrata-cristã para a crise económica.

Portas quer discutir tudo, menos o partido. LEIA MAIS AQUI

Certo que o investimento público «só atinge uma parcela das empresas e famílias», Portas quer uma «baixa de impostos» que afecte directamente os portugueses. A ideia, garante, já se preconiza em Espanha, França, Alemanha e Estados Unidos. «Nós exigimos também uma séria redução da carga fiscal» para a classe média e para as pequenas e médias empresas.

«É preciso lembrar ao primeiro-ministro que o investimento público só vai chegar à economia daqui a uns anos». Mais: «A baixa de impostos, se for bem feita, gera receita. O investimento público, mal feito, onera as gerações futuras». Próximo de Manuela Ferreira Leite no discurso contra as obras públicas, Portas forçou a tónica nas más opções dos socialistas para o país.

Sócrates, frisou Portas, vive no «dogma socialista». «O primeiro-ministro diz que não pode baixar os impostos porque depois não é possível subi-los outra vez», afirmou, acrescentando que «é preciso acabar com esta pura apropriação da riqueza de quem trabalha e investe em Portugal».

«Governo não preparou país para a crise»

Garantindo que o Governo não preparou o país para a crise, Portas recordou ainda que há seis meses o ministro das Finanças negava a «evidência da crise». Agora, o Executivo «apresentou um orçamento errado, e que não está a preparar o país para estar na primeira linha de oportunidades quando os tempos melhorarem».

«Portugal não tem um primeiro-ministro verdadeiro, nem competente» e a admissão de que o défice pode chegar aos 3,9 por cento, revelado na sexta-feira pelo ministro das Finanças, prova que «terminou o ciclo económico assente pelo PS». E quando «o ciclo socialista termina, o dever do CDS-PP é sustentar que há uma nova e diferente política económica para os próximos quatro anos».

«Dê a cara pela verdade, quem deu a cara pela mentira». Portas quer que Sócrates apresente o orçamento rectificativo. Leia mais aqui
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