Sequestradores de dados informáticos atacam empresas em Portugal - TVI

Sequestradores de dados informáticos atacam empresas em Portugal

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Portugal já se encontra na lista dos países afectados por um novo crime informático que afecta o mundo empresarial.

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É o chamado data-jacking, em que o criminoso acede às informações da empresa, por via electrónica, e transforma-as num código (encriptação) que é lido com uma chave própria, só conhecido pelo infractor, que em troca dela exige dinheiro, avança o «Diário de Notícias».

O número de casos detectados está a subir, ainda que Baltazar Rodrigues, inspector-chefe do Grupo Técnico de Informática, da secção Central de Investigação à Criminalidade de Alta Tecnologia da Polícia Judiciária, refira como preocupante a quantidade de casos não participados.

Este inspector calcula em 90% o número de ocorrências destas não denunciadas, o que acontece por vários motivos: além de considerarem que pode dar má imagem, as empresas acreditam que só se pagarem é que conseguirão a chave para «desencriptar» a informação, não acreditando na capacidade da polícia para o fazer.

O fenómeno é mais grave fora de Lisboa, em zonas rurais industrializadas, já que na capital as empresas estão mais atentas.

O ataque é feito, por norma, a empresas grandes, que dependem da tecnologia para guardar a base de trabalho, como sejam os dados dos clientes ou dos vendedores. As empresas optam, em grande parte, por pagar os resgates, mas a opção deveria passar pela denúncia à Polícia Judiciária.

O resgate pode ir aos 50 milhões de euros, mas quando os valores pedidos se ficam pelos 100 ou 200 mil euros, as «atacadas» acabam por ceder. «As empresas pagam e muitas vezes não fazem queixas», garantiu Baltazar Rodrigues, no âmbito de uma conferência onde teve estudantes do Instituto Superior Técnico como audiência.

O inspector da PJ aproveitou a assistência para lançar alguns alertas, caracterizando actividades vulgarizadas no meio estudantil (como a cópia ilegal de software) como ilegais. O perfil do criminoso tem vindo a alterar-se, sendo caracterizado por uma pessoa introvertida, com alguma formação académica e idade entre os 20 e os 40 anos.
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