Força militar europeia a caminho do Chade - TVI

Força militar europeia a caminho do Chade

  • Portugal Diário
  • 28 jan 2008, 12:50

País apresenta números negros: 200.000 mortos e 2,5 milhões de refugiados

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Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia reunidos esta segunda-feria, em Bruxelas, aprovaram formalmente o envio imediato de uma força militar para o Chade e República Centro-Africana, anunciou a presidência eslovena dos 27.

Quatro anos deste conflito sangrento entre rebeldes africanos e milícias árabes apoiadas pelo governo sudanês causaram mais de 200.000 mortos e 2,5 milhões de refugiados.

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Um avião C-130, com respectiva tripulação, e dois oficiais que irão integrar o Estado-Maior da força europeia serão o contributo de Portugal para a missão, que deverá decorrer entre Março próximo e Março de 2009, indicaram fontes diplomáticas.

A força da UE, que vai colaborar com as Nações Unidas, constitui a maior operação de sempre organizada pela UE num país terceiro e será formada por 3.700 militares, a maior parte dos quais (entre 2.000 e 2.1000) franceses. O Chade é uma antiga colónia francesa.

Há um mês, a 19 de Dezembro, Portugal já disponibilizara um C-130, durante uma conferência de geração de forças para aquela região africana realizada em Bruxelas.

Força de intervenção atrasou-se por causa da fata de helicópteros

A falta de meios aéreos, sobretudo helicópteros, foi aliás o motivo para o atraso no envio da missão, que deveria ter seguido já no início de Dezembro último para a região.

A força da União Europeia deverá complementar um destacamento de 26.000 homens das Nações Unidas e da União Africana que actua na região de Darfur (Sudão).

Fonte diplomática explicou que a operação vai durar 12 meses a partir da «declaração de operacionalidade», estimando que esta ocorra em Março.

Decisão está tomada desde 2007

O envio da missão surge na sequência da decisão do Conselho de Segurança da ONU, em Setembro de 2007, de autorizar a deslocação de uma força europeia, assim como polícias das Nações Unidas, para aquela região africana para protecção de milhares de refugiados e garantir que a ajuda humanitária chega aos necessitados.

A força europeia deverá também assegurar a protecção de pessoal, instalações e equipamento das Nações Unidas.

O conflito alastrou à fronteira sudanesa e ao nordeste da República Centro Africana e ao leste do Chade, criando insegurança em toda a região com os civis a serem forçados a fugir de suas casas.
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