UE: Barroso quer política única de imigração - TVI

UE: Barroso quer política única de imigração

  • Portugal Diário
  • 13 abr 2007, 15:12

Presidente da CE acha «absurdo» cada Estado-membro ter regras diferentes

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O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, defendeu esta sexta-feira que tem de haver uma única política de imigração na União Europeia, depois de questionado se um Estado-membro pode avançar sozinho com uma legalização extraordinária de imigrantes, noticia a agência Lusa.

«É absurdo na União Europeia (UE), onde há livre circulação de pessoas, haver 27 políticas de imigração. Temos de ter uma política de imigração», declarou Durão Barroso, numa sessão de perguntas sobre a Europa no Parlamento português.

O presidente da Comissão Europeia salientou que as decisões de cada Estado-membro sobre imigração «têm consequências, por vezes perversas» nos restantes Estados-membros.

Durão Barroso considerou necessário «que alguns», entre os quais afirmou não se encontrar Portugal, «percam as suas reticências» e aceitem uma política comum nesta matéria «sem prejuízo das competências de cada país».

O ex-primeiro-ministro português respondia a uma pergunta do deputado do CDS-PP Nuno Magalhães, que subscreveu a «proibição de processos de regularização extraordinária unilaterais» de imigrantes e lhe perguntou se não achava que era «uma boa ideia».

Por outro lado, numa resposta à deputada dos «Verdes» Heloísa Apolónia, Barroso declarou que «o que a Comissão Europeia faz é recomendar aos Estados-membros que debatam a questão nuclear» sem lhes dizer «se devem ou não devem» optar por esse tipo de energia.

O presidente da Comissão Europeia foi indirectamente lembrado do seu apoio à invasão do Iraque pelo deputado do BE, Luís Fazenda, que apontou esse acontecimento como um dos factores de crise na Europa, sustentando que «dividiu as opiniões públicas e os governos», mas Durão Barroso evitou esse assunto.

PCP e BE, partidos a favor de uma revisão do Pacto de Revisão e Crescimento (PEV), puseram em causa a política económica e financeira da UE e responsabilizaram «Bruxelas» pela situação portuguesa, designadamente pelo encerramento de serviços públicos.

Sobre o PEC, o presidente da Comissão Europeia referiu que «não há nenhum Estado-membro que esteja a pedir a sua revisão, ninguém contesta os seus princípios», e discordou da diminuição da exigência orçamental.

Ainda em resposta ao PCP e BE, sobre o afastamento da UE das populações dos Estados-membros, Barroso contrapôs que o problema é de «distância entre a política e os cidadãos».

Durão Barroso congratulou-se com o alargamento da União, afirmando que «está a ser um grande sucesso» e que fortaleceu a influência da Europa no mundo, fazendo com que «conte mais» e tenha maior peso em termos de relações externas.
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