O austríaco acusado de violar e encarcerar a filha na cave da sua residência durante 24 anos «não deve ir para a prisão mas para uma instituição psiquiátrica», defende o seu advogado, Rudolf Mayer.
O causídico que assumiu a defesa do austríaco reformado, actualmente com 73 anos, proferiu estas declarações ao jornal alemão «Bild am Sonntag».
«A minha opinião é que Josef Fritzl é um doente mental e, como tal, não pode ser responsabilizado pelos seus actos. O meu cliente não deve ser enviado para uma prisão mas para uma instituição psiquiátrica», afirmou.
Rudolf Mayer, conhecido no seu país por assumir a defesa de casos particularmente difíceis, declarou ainda que Fritzl «não é nenhum monstro mas uma pessoa, mesmo que para alguns o que ele fez ultrapasse os limites do compreensível».
O causídico realça o facto de o cliente ter admitido as acusações de incesto, bem como o facto de ter enclausurado a filha, de quem teve sete filhos, fruto de anos de violações.
Josef Fritzl respondeu «amplamente» às perguntas colocadas pelas autoridades policiais mas recusa a acusação por «homicídio negligente», relativa à criança que morreu à nascença.
Os exames de ADN já demonstraram que o austríaco é pai das sete crianças que resultaram dos actos incestuosos.
Desde que assumiu a defesa do chamado «monstro de Amstetten», o advogado já recebeu várias ameaças por carta.
Áustria: «Fritzl não deve ir para a prisão»
- Redação
- CR
- 5 mai 2008, 01:49
Advogado diz que cliente é «um doente mental» e deve ser internado numa «instituição psiquiátrica»
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