Timor: já há lista de suspeitos - TVI

Timor: já há lista de suspeitos

Estado de sítio em Timor (Lusa)

ONU investiga duplo atentado contra Ramos-Horta e Xanana. Confirmação dos mandados de captura estão dependentes da aprovação do procurador-geral timorense. Segundo dia sem distúrbios e com recolher obrigatório Ramos-Horta foi avisado do ataque

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O Departamento Nacional de Investigação de Timor-Leste ainda não conseguiu fazer qualquer detenção dos autores do atentado que feriu gravemente o presidente Ramos-Horta, apurou o PortugalDiário junto de fonte da ONU.

Contudo, segundo o departamento de informações da organização, a ONU aguarda ainda a confirmação dos mandados de captura pelo procurador-geral de Timor, que terá de autorizar as detenções. À hora que o PortugalDiário contactou a ONU eram já 23h, o que significa que só daqui a cerca de 8h, manhã em Timor, poderá haver novidades sobre este caso.

A equipa de investigadores deste departamento, liderada por um croata e composta por autoridades de diversas nacionalidades, já recolheu «muitos depoimentos» e conseguiu apurar «alguns nomes» de membros do grupo que acompanhava o major Alfredo Reinaldo na falhada dupla tentativa de assassínio do presidente Ramos-Horta e ao primeiro-ministro Xanana Gusmão.

Ramos-Horta foi avisado do ataque

Mais atentados em preparação

«A investigação está a decorrer dentro da normalidade. Estão a ser seguidas diversas pistas. Não há detenções feitas ainda, mas as coisas estão a evoluir», explicou a mesma fonte.

Montanhas dificultam investigação

Uma das principais dificuldades da investigação prende-se com a própria morfologia do território timorense, em cujas montanhas poderão estar escondidos os restantes membros do grupo do major fugitivo.

Com a morte de Alfredo Reinaldo, as autoridades aguardam para saber qual a consistência do grupo de revoltosos. Até porque as informações em relação à morte do major continuam por esclarecer, apontando, no entanto, para que tenha sido mortalmente alvejado cerca de uma hora antes de o próprio presidente da República ter sido atingido por balas na mão, no abdómen e nas costas. Terá sido traído ou foi morto pelas forças de segurança timorenses?.

Tudo calmo em Díli

Na segunda noite de recolher obrigatório, não existem notícias de distúrbios ou incidentes em Timor Leste. «A situação está calma», disse ao PortugalDiário o capitão Martinho, da unidade da GNR em Díli.

O comandante das forças de Defesa de Timor-Leste, brigadeiro-general Taur Matan Ruak, alertou, há semana, os responsáveis de segurança no país, incluindo as forças internacionais, de que o presidente e primeiro-ministro poderiam ser alvos de um ataque. A GNR não esteve nessa reunião «nem tinha de estar, por ser uma unidade táctica e não estratégica, obedecendo apenas a ordens da ONU», referiu o capitão Martinho.

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