Ninguém quis prender Reinado - TVI

Ninguém quis prender Reinado

Major Alfredo Reinado morto (foto Lusa)

«O Estado de direito ficou por cumprir», diz juiz português, que em Maio de 2007 tentou deter o major rebelde. Ramos Horta não deixou e ainda o classificou como «arrogante» e «colonial». Aministia Internacional diz que cultura de impunidade tem de acabar. Em Timor a noite foi calma

Relacionados
O magistrado português Ivo Rosa, colocado em Timor-Leste ao serviço das Nações Unidas e que ainda está no território, recordou, em declarações à TSF, que em Maio de 2007 ordenou a detenção do major Reinado. No entanto, a ordem nunca foi cumprida, nem mesmo quando o juiz contactou as forças das Nações Unidas e a Força Internacional de Estabilização (ISF), liderada pela Austrália, para cumprirem a decisão judicial.

Timor: já há lista de suspeitos

Ramos-Horta foi avisado do ataque

Na altura, recorde-se, Ramos Horta desautorizou este mandato de captura. O juiz não gostou e considerou estar perante um interferência do poder político no poder judicial. Ramos Horta respondeu e classificou a atitude do português como «arrogante» e «colonial».

O juiz português considera, por isso, que o sistema judicial e o Estado de direito não funcionaram em Timor Leste.

Ivo Rosa adiantou ainda à TSF que o duplo atentado que teve como alvo o presidente timorense, Ramos Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, podia ter sido facilmente evitado ao sublinhar que bastava que a decisão que tomou tivesse sido respeitada.

Aliás, Xanana Gusmão e Ramos Horta, principalmente este último, chegaram a ser acusados de proteger o Major Alfredo Reinado.

Noite calma em Timor

Ao final de mais uma noite de patrulhamentos na capital timorense, a GNR descreve uma cidade «normal, calma, pacífica, como estava antes dos atentados».

Em declarações ao PortugalDiário, o Tenente Correia explica que a noite decorreu «sem qualquer incidente» e que não houve sequer uma chamada. A esta hora (06 e 50 em Timor), acrescentou, «as pessoas já começaram a sair para o trabalho e está tudo normal».
Continue a ler esta notícia

Relacionados