Luso-Roux vende entre 65 e 80% dos imóveis que leva a leilão - TVI

Luso-Roux vende entre 65 e 80% dos imóveis que leva a leilão

Luso-roux

A Luso-Roux faz leilões de imóveis praticamente todos os meses. Em entrevista à «Agência Financeira», a directora de vendas da empresa, Ana Luísa Ferro, explica como é que tudo é organizado.

Como é que organizam os leilões de imóveis?

Normalmente temos pelo menos um bloco de 50 imóveis. Convém termos um número suficientemente elevado de activos para fazermos um leilão. Temos as equipas de vendedores completamente mobilizadas, na rua, pelo que é mais racional estarmos a trabalhar uma oferta diversificada do que restringirmos a nossa acção a meia dúzia de lotes.

Quantos vendedores têm?

Temos uma rede de vendedores, espalhados por todo o país, com quem trabalhamos regularmente e a quem recorremos para mostrar e divulgar os imóveis aos interessados.

Durante quanto tempo é que os imóveis estão disponíveis para serem visitados?

Os bancos entregam-nos as casas três ou quatro semanas antes do leilão para fazermos a divulgação. A Luso-Roux prepara uma campanha de rua, que dura sensivelmente quatro semanas. Os vendedores, divididos por zonas, andam a mostrar aquelas casas. A cada um é atribuída uma carteira de clientes que eles têm que conhecer e acompanhar. Sabem, por exemplo, que o cliente X, ainda não comprou o tal T2 no Montijo e que mantêm o interesse. O vendedor tem que encontrar o T2 ideal para ele. Tentamos acertar todos os ponteiros para que no dia do leilão, haja interessados para todas as casas que estão à venda.

Quanto tempo é que os imóveis ficam nas vossas mãos?

Estão, regra geral, mês e meio. Ao contrário do que acontece com a mediação tradicional, onde há mais tempo, a acção do leilão pressupõe um prazo de fecho, que é o dia do leilão. E a partir dessa data a oportunidade do leilão acaba e os preços sobem.

Qual é a taxa de colocação por leilão?

A taxa mais elevada que conseguimos foi de 90%, num leilão de Lisboa. No Porto, normalmente o índice de sucesso é menor. Em termos médios, estamos a falar de uma taxa de sucesso entre os 75 e os 80% em Lisboa e entre os 65 e os 70% nos leilões do Porto.

Existe algum tipo de imóveis que seja mais difícil de colocar? Os mais antigos, mais degradados, por exemplo?

Cada tipo de imóvel tem um público-alvo. As tipologias mais frequentes e que consequentemente tem maior procura são os T2 e T3.

Quantos imóveis é que já venderam em leilão, em Portugal?

Começámos a fazer estes Leilões em 2004. Nesse ano, deram-nos 439 imóveis para vender, colocámos 260. Em 2005, entregaram-nos 870 imóveis, vendemos 500. No ano passado, dos 1.050 imóveis que recebemos, conseguimos vender 650. Este ano, já recebemos 750 e vendemos 450. Estamos a falar de uma taxa de sucesso de 60 a 65% .

Nos vossos leilões, os clientes são normalmente particulares ou também existem empresas, imobiliárias e investidores?

Gostava de poder dizer que são só particulares, mas também há entidades e pequenos investidores, que usam esta solução para investir. Eu diria que em metade dos casos, quem compra vai viver para a casa.

Depois de comprar o imóvel, a pessoa pode escolher com que banco quer fazer o crédito, ou tem de o fazer com o banco que está a vender a casa?

O comprador pode escolher a instituição com quem quer fazer o crédito, mas normalmente tem vantagens em escolher a entidade que está a vender o imóvel, porque nesse caso tem isenção ou redução nalgumas despesas nomeadamente de avaliação, dos registos provisórios ou outras.

Qual é a comissão que cobram?

O normal que é cobrado pelas mediadoras imobiliárias num processo de venda tradicional: entre os 3 e os 3,5%.

Com que regularidade é que realizam leilões?

Em regra, mensalmente. Há no entanto meses que temos dois ou três fins-de-semana de leilão, sendo que cada fim-de-semana tem dois leilões, um em Lisboa e outro no Porto. No mês de Julho temos três: dia 30 e dia 1, depois dia 7 e dia 8 e depois dias 14 e 15.

O motivo de fazermos leilões ao fim de semana prende-se com o público-alvo que pretendemos atingir, os particulares que trabalham durante a semana.

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