«Este é um orçamento anti-social, anti-família e anti-economia» - TVI

«Este é um orçamento anti-social, anti-família e anti-economia»

Deputados não poupam críticas ao Orçamento do Estado para 2011 no primeiro dia de discussão sobre proposta

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O deputado democrata-cristão, Mota Soares, uniu-se ao coro de vozes de toda a oposição que, esta terça-feira, classificou a proposta do Orçamento do Estado para 2011 de «péssima».

«Este é um orçamento anti-social», disse Mota Soares referindo-se ao congelamento das pensões e à subida do IVA para 23% que «vai penalizar os contractos das empresas».

«Este orçamento é profundamente anti-família», já que «retira abano de família aos portugueses e corta nas bolsas de estudo».

«E, sem dúvida, este é um orçamento anti-económico», porque prevê uma subida do desemprego e corte nos salários.

Crítica da direita que também poderia vir do lado esquerdo do hemicilo parlamentar. Bloco de Esquerda e PCP disseram que José Sócrates tem «falta de coragem», ao mesmo tempo que criticaram as privatizações propostas no OE2011.

«O senhor primeiro-ministro é o paladino das privatizações», disse o bloquista Pedro Filipe Soares.

Tanto à esquerda como à direita surgiram também os pedidos para que o Executivo explicasse como pretende reduzir o défice, pedindo explicações, principalmente, sobre o buraco de 500 milhões de euros que resultou do acordo entre o Governo e o PSD para viabilizar esta proposta de orçamento.

José Sócrates sublinhou o «esforço sério e determinado para reduzir o nosso défice», onde «mais de 2/3 de redução é do lado da despesa».

«Quanto é que o senhor vai ter mais da banca com este novo imposto sobre o sector financeiro?», questionou Bernardino Soares, do PCP, que só obteve uma resposta lançada para o ar: «Vai ser um valor significativo».

PSD também não escapou às críticas

«Questiono a tese do PSD segundo a qual está a dar a mão ao país aprovando um péssimo orçamento», disse Paulo Portas, adiantando: «Como se dá a mão a Portugal, atirando o país para uma crise económica?».

Questões que também asolaram José Sócrates: «É incrível que, depois de viabilizarem o orçamento, o PSD faz tudo para minar a confiança».

«O lamentável é aprovar um orçamento a pensar numa crise política que conduza a uma mudança de governo. Quem assim pensa não está a defender o interesse nacional, mas sim em tirar ganhos políticos».

Já do PSD, a resposta certeira surgiu pela mão de Luís Montenegro: «O senhor primeiro-ministro está a fazer constantes provocações ao PSD. É pobre e mal agradecido».
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