Economistas consideram pacto de regime inviável - TVI

Economistas consideram pacto de regime inviável

Economistas consideram pacto de regime inviável

Os economistas estão muito pessimistas sobre a possibilidade de os partidos chegarem a um entendimento em torno do problema estrutural das finanças públicas depois das eleições legislativas de 20 de Fevereiro, concretizando o pacto de regime defendido pelo Presidente da Republica, Jorge Sampaio.

Ainda assim, todos entendem que o pacto de regime seria uma medida fundamental para se encontrar uma resolução para o desequilíbrio das contas públicas, refere o Diário Económico.

Para os vários economistas, a vontade de Jorge Sampaio não deverá ter uma tradução prática. «O Presidente da Republica está no seu papel, mas estou bastante incrédulo», afirmou António Nogueira Leite, antigo secretário de estado. «Se os partidos não fizeram o pacto antes, também não o irão fazer depois das eleições, tal como não o fizeram nos últimos três anos».

Vítor Bento tem uma opinião semelhante. «Tenho algum cepticismo relativamente à vontade dos partidos» em chegarem a um entendimento, ainda para mais depois das eleições» como sugere o Presidente.

O ex-ministro das Finanças, Eduardo Catroga, também considera que «não estão criadas as condições para que haja um entendimento entre os dois partidos». «Há segmentos dentro do PS e do PSD que ainda não interiorizaram que é necessário reduzir despesa pública para libertar recursos para as famílias».

O professor da Católica, João César das Neves, pensa igualmente que «não haverá condições» para o acordo, mas defende que ele é necessário «porque está acima dos partidos».

E a consultora do BPI, Teodora Cardoso, também não está muito optimista, pois considera que os partidos políticos ainda não tomaram consciência da necessidade do pacto de regime.
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