Ministro admite que funcionários públicos são «um bocadinho» prejudicados - TVI

Ministro admite que funcionários públicos são «um bocadinho» prejudicados

Aguiar Branco

Aguiar-Branco defende que novas medidas de austeridade não significam aumento de impostos

Relacionados
O ministro da Defesa admitiu no sábado que as medidas de austeridade anunciadas sexta-feira prejudicam «um bocadinho», em termos de remunerações, os funcionários públicos. José Pedro Aguiar-Branco contrapôs, ainda assim, que os funcionários públicos beneficiam de um regime jurídico «facilitador» da manutenção do emprego.

«Só posso dizer que os sacrifícios são repartidos de forma equitativa. Há quem tenha a desdita de poder amanhã estar desempregado porque uma empresa vai à falência, situação que não acontece num funcionário público, e há quem tenha a desdita de em algumas remunerações ser um bocadinho mais prejudicado, porque mantém o emprego, porque tem outras situações no seu regime jurídico que são facilitadoras da manutenção do emprego», afirmou José Pedro Aguiar-Branco, citado pela Lusa.

Falando em Barcelos, numa festa do PSD local, em que participou na qualidade de dirigente social-democrata, Aguiar-Branco argumentou que «a equidade não é feita na pura lógica numérica».

«Temos de ver os regimes jurídicos e distribuir os sacrifícios de forma equitativa. Ser equitativo não significa igualdade por igualdade. É a própria igualdade na desigualdade», referiu.

Para Aguiar-Branco, as novas medidas de austeridade não significam aumento de impostos e delas não resultou «qualquer mal-estar dentro do Governo». «O Governo está coeso», garantiu.

Em relação ao PS, o governante disse esperar que «fale mais para fora e menos para dentro», de forma a contribuir para a imagem de Portugal «lá fora». Aguiar-Branco disse ainda que o PS «não tem qualquer autoridade» para falar em crescimento, uma vez que «foi o seu modelo de crescimento que conduziu o país à pré-bancarrota». O ministro sublinhou ainda que os 11 anos de governação socialista «conduziram ao maior fosso de que há memória entre os muito ricos e os que têm menos».
Continue a ler esta notícia

Relacionados