Desvio: PS diz que Bruxelas desautorizou Passos - TVI

Desvio: PS diz que Bruxelas desautorizou Passos

PS, João Galamba

UE colocou causas nas contas da Madeira e na conjuntura internacional

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O PS considerou esta sexta-feira que a Comissão Europeia desautorizou o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, sobre a natureza do desvio orçamental em Portugal, colocando as suas causas nas contas da Madeira e na conjuntura internacional.

A posição dos socialistas foi transmitida pelo deputado João Galamba, na sequência de declarações proferidas pelo porta-voz da Comissão Europeia, Amadeu Altajaf.

«A Comissão Europeia acaba de desautorizar o primeiro-ministro, designadamente as afirmações que hoje fez no debate quinzenal no Parlamento, e deu razão ao PS quando questionou os números e a justificação do alegado desvio. O primeiro-ministro falou em três mil milhões de euros e o Instituto Nacional de Estatística (INE) não confirma este número», sustentou João Galamba.

De acordo com o deputado do PS, o único desvio detectado pelo INE é na ordem dos 1600 milhões de euros, «que é a diferença entre o défice estimado e as metas da troika».

«Ao contrário do que tentou fazer passar o primeiro-ministro, a natureza do desvio não é da responsabilidade do anterior Governo e a Comissão Europeia deixou isto muito claro. Disse que o desvio, a existir, deve-se exclusivamente à Madeira e a alterações internacionais e ao arrefecimento da economia europeia», declarou João Galamba.

O deputado do PS considerou depois que o primeiro-ministro «tem de rapidamente explicar aos portugueses e ao Parlamento o que fundamenta as afirmações que tem vindo a fazer desde quinta-feira».

«Eventualmente, o primeiro-ministro terá de repensar algumas das medidas propostas para o Orçamento do próximo ano, porque a Comissão Europeia também disse hoje - e foi muito clara nesse aspecto - que é preciso uma execução orçamental muito inteligente. Com isto quis dizer que é preciso uma execução orçamental que não prejudique o crescimento», salientou.

Na perspectiva de João Galamba, as medidas do Governo até agora conhecidas «agravam brutalmente a recessão e vão reduzir de forma significativa o rendimento disponível das famílias».
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