Portugal vive «situação de emergência social» - TVI

Portugal vive «situação de emergência social»

Congresso PSD em Guimarães

É preciso uma «acção imediata» para combater «focos de pobreza». A vaga avassaladora de infra-estruturas ficará como um dos «maiores erros políticos cometidos», disse Ferreira Leite

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A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, considerou este domingo que Portugal vive uma situação de emergência social que impõe apoios públicos para combater a pobreza e contestou o investimento do Governo em novas infra-estruturas.

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«A vaga avassaladora de propostas de infra-estruturas que este Governo anuncia e de que o país nem sempre carece, e para os quais manifestamente não tem dinheiro, ficará para a história como um dos maiores erros políticos cometidos», declarou Manuela Ferreira Leite, no discursou com que encerrou o XXXI Congresso do PSD, em Guimarães.

Sem referir a que infra-estruturas se opõe, a presidente do PSD defendeu que «já não é gastando recursos públicos que Portugal avança e isso exige que a política de investimentos públicos tem de ser muito criteriosa», devendo questionar-se sempre: «São realmente necessários? Temos meios para os pagar?».

«Passada a glória dos anúncios e das inaugurações, ficará apenas uma pequena valia e uma enorme factura a pagar pelos cidadãos e pelas empresas. Mas faltarão os meios para acudir às verdadeiras questões que afligem os portugueses», criticou, acrescentando que «essas questões são hoje de natureza social».

A ex-ministra das Finanças apontou a situação de quem vê o seu nível de vida piorar, dos desempregados e de quem vive «de pequenas pensões ou das suas magras economias», pela qual responsabilizou o Governo chefiado por José Sócrates.

«Isto não é o reflexo da crise internacional. É sim o reflexo claro e inequívoco de políticas erradas e de insensibilidade social», disse. Manuela Ferreia Leite considerou que Portugal vive uma situação social «que exige uma acção imediata», que obriga a «intervir com urgência para combater os focos de pobreza e apoiar os novos pobres».

Segundo a presidente do PSD, devem ser orientados «desde já recursos de apoio às instituções de solidariedade social». «Esta situação de emergência pode justificar que se abdiquem de alguns investimentos para afectar recursos aos casos mais prementes», reforçou.
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