PS «ataca» Eduardo Catroga - TVI

PS «ataca» Eduardo Catroga

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Jorge Lacão e Francisco Assis respondem às palavras do social-democrata que dizem «nada fazer a favor do bem comum»

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O ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, acusou este sábado Eduardo Catroga de querer «acirrar os ânimos e criar divisões» nas declarações que proferiu sobre o primeiro-ministro e sobre o Governo, escreve a Lusa.

Numa sessão de apresentação dos candidatos a deputados do PS pelo distrito de Santarém, Jorge Lacão acusou ainda Eduardo Catroga de não estar «à altura dos tempos que vivemos» e de «nada fazer a favor do bem comum».

«Não recebemos lições daqueles que nada fizeram em favor dos outros», acrescentou o ministro, recordando que Eduardo Catroga «nunca foi visto a candidatar-se a um lugar político para o bem da comunidade do concelho de Abrantes», de onde o ex-ministro das Finanças do PSD é natural e onde Jorge Lacão é presidente da assembleia municipal.

Em declarações ao semanário «Expresso», Eduardo Catroga disse que «o fartar vilanagem de Sócrates foi uma tragédia nacional» e que «as gerações mais jovens deviam pôr este Governo em tribunal».

Jorge Lacão acusou também os responsáveis do PSD nas negociações do Orçamento de Estado para 2011, entre os quais esteve também Eduardo Catroga, de terem sido eles a rejeitar fazer uma conferência de imprensa ou outro acto público para demonstrar que tinha havido acordo entre as partes.

«Na última reunião dessas negociações, onde estive presente, propusemos aos representantes do PSD que fosse feita uma assinatura pública do acordo para, através da comunicação social, podermos mostrar aos portugueses que tínhamos conseguido esse acordo», contou Jorge Lacão, acrescentando que os negociadores do PSD «sempre rejeitaram essa proposta».

Jorge Lacão disse ainda que «os representantes do PSD nem aceitaram, pelo menos, um aperto de mão público», acusando-os de, horas depois, «virem exibir uma fotografia espúria a fazer espectáculo, que nada teve a ver com o acordo solene alcançado».

O ministro dos Assuntos Parlamentares, que deixa de ser candidato pelo distrito de Santarém onde liderou nos últimos anos as listas de deputados ao Parlamento, referiu também que o PS está «empenhado no diálogo para encontrar soluções de coligação maioritária pela positiva para formar Governo». Contudo, Lacão sublinhou que «o país precisa de avaliar a história deste processo e ver quem é que liderou coligações negativas que levaram o País a esta situação».

Declarações inaceitáveis

O cabeça de lista do PS pelo distrito do Porto, Francisco Assis, considerou também já este sábado «absolutamente inaceitáveis» as declarações de Eduardo Catroga, que defendeu que «as gerações mais jovens deviam pôr este Governo em tribunal».

«São declarações absolutamente inaceitáveis, que revelam um estado de espírito preocupante por parte do PSD. O debate democrático tem de ter regras e tem que ter limites», afirmou Francisco Assis no Porto, à margem do lançamento da «Plataforma de Voluntários Sócrates 2001».

O ex-líder parlamentar socialista recordou que «o Presidente da República ainda na passada segunda-feira apelou a todos os partidos políticos para que garantissem um debate com um nível elevado, para não prejudicar entendimentos ulteriores que o país reclama».

«Creio que as palavras de Eduardo Catroga ultrapassam tudo o que é aceitável e são surpreendentes por terem sido proferidas por alguém com uma longa vida pública e que tinha, e que tem, que ter um maior sentido de responsabilidade quando faz certas afirmações», salientou.

Para Assis, «o PSD está a actuar nos últimos dias com o espírito de um pequeno partido radical e sectário, e isso é muito mau para o PSD e, sobretudo, para o país».
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