Notícias de fraudes no SNS «dão jeito» ao Governo, diz Marcelo - TVI

Notícias de fraudes no SNS «dão jeito» ao Governo, diz Marcelo

Marcelo Rebelo de Sousa

Ex-presidente do PSD recorda que a notícia é antiga, mas conveniente «num momento de maior pressão mediática» sobre o Executivo

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Marcelo Rebelo de Sousa disse, nesta quarta-feira, que as notícias sobre fraudes no Serviço Nacional de Saúde(SNS) dão «jeito» ao Governo num «momento de pressão mediática», mas que são um «problema de fundo» que convém investigar.

Na segunda-feira, a Polícia Judiciária comunicou a detenção de dez «pessoas relacionadas com a atividade médica e farmacêutica» e a apreensão de diverso material durante «uma operação de grande envergadura relacionada com a investigação de fraudes contra o SNS, praticadas com o recurso a falsas prescrições de medicamentos».

«Tenho a sensação de que estas notícias vão e vêm conforme convém ao Governo», afirmou o ex-presidente do PSD, citado pela Lusa, depois de instigado a comentar estas notícias, em Guimarães, à margem de uma conferência dedicada à Capital Europeia da Cultura.

«É a repetição de uma notícia já antiga. Já se tinha falado numa fraude, envolvendo sempre o problema da prescrição de medicamentos, locais de venda dos medicamentos, farmácias, já se tinha falado disso há uns tempos», recordou.

Segundo Rebelo de Sousa, «perante uma crítica sobre o corte de prestações sociais, é sempre conveniente mostrar que houve no passado má utilização dos fundos públicos».

Assim, considerou, «há o somatório de duas coisas: um problema de fundo, que é preciso investigar, e o aparecer como notícia pontualmente, porque dá jeito num momento de maior pressão mediática».

O esquema de fraude e falsificação de documentos envolvia um sistema em que médicos prescreviam medicamentos, através de listagens do SNS, com as receitas a serem entregues a farmácias, onde os medicamentos comparticipados pelo Estado português eram levantados para seguirem, não para os doentes cujos nomes constavam das receitas, mas para exportação.

Os medicamentos seguiam para o exterior depois de se dar baixa nas farmácias com a correspondente comparticipação do Estado português.
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