Marques Mendes esperava ver outras medidas contempladas no pacote apresentado pelo Governo para fazer face ao défice. Na intervenção semanal, na TVI24, Marques Mendes considerou ainda que o Executivo de José Sócrates deveria ter avançado com medidas para combater a crise muito antes e que, por não o ter feito, os portugueses vão agora «pagar em dobro».
«Gostava de ter visto a extinção de algumas empresas públicas que não são necessárias para nada, a extinção de alguns institutos públicos que têm funções duplicadas com outros, a extinção de alguns serviços e direcções gerais do Estado. (...) Gostava de ter visto, nestas medidas, a diminuição do peso do Estado, da máquina do Estado», exemplifica.
«As medidas agora são mais duras porque é necessário fazer em seis meses aquilo que poderia ser feito em 12. Ou seja, os portugueses vão pagar em dobro os sacrifícios, os esforços e os impostos», acrescentou.
«São sacrifícios a dobrar, por força de quê? Da teimosia e da irresponsabilidade do engenheiro Sócrates, que brincou com o fogo», acusou.
«Brincou com o fogo no ano passado, em 2009, que era ano de eleições. Gastou-se à grande e à francesa e o défice foi o que foi. (...) Voltou a brincar com o fogo este ano, porque, em vez de adoptar medidas em Janeiro, demorou seis meses», sublinhou.
Opinião: «Os portugueses vão pagar em dobro os sacrifícios e os esforços»
- Redação
- 14 mai 2010, 01:13
Marques Mendes esperava mais das medidas de austeridade apresentadas pelo Governo
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