O cabeça de lista do Portugal Pro Vida nas europeias de domingo disse hoje que os resultados que obteve não correspondem «minimamente ao esforço despendido» na campanha, lamentando que a comunicação social tenha ignorado «o núcleo» da sua mensagem.
«O núcleo, o essencial da nossa mensagem não chegou aos portugueses», afirmou Acácio Valente, em declarações à Lusa.
Para o candidato do PPV, isso deveu-se a «fragilidades estruturais» do partido, «que está a nascer» e se candidatou pela primeira vez ao Parlamento Europeu, mas também à atitude da comunicação social.
«A comunicação social passou para a opinião pública aspetos secundários, meramente acessórios da nossa mensagem. O essencial, o núcleo, foi mesmo desprezado», insistiu, considerando que os «novos partidos» e as «novas ideias» são «solicitados a aparecerem», mas depois «o sistema abafa qualquer boa intenção em colaborar».
«A grande mensagem de mudança que era virarmo-nos para os valores falhou por completo, não nos ajudaram a levá-la», sublinhou.
Para Acácio Valente, e perante os resultados das eleições de domingo, o futuro do país «continua adiado», porque «a continuação desta alternância» entre PS e PSD/CDS «não interessa aos portugueses».
Acácio Valente apontou ainda os elevados níveis de abstenção, considerando que «as pessoas não foram votar porque a comunicação social deu cobertura aos mesmos de sempre e o povo já está farto dos mesmos de sempre».
Também a direção do PPV emitiu um comunicado em que diz que «mantém a certeza de que o futuro da Europa passa pela promoção dos valores da família e dos valores que estiveram na génese do projeto europeu» e lamenta «o alto número da abstenção» e «a falta de equidade e pouca cobertura mediática dada a partidos como o Portugal Pro Vida».
O PPV obteve 0,38% dos votos (12.338) nas eleições europeias de domingo, segundo os dados oficiais e quando faltava apurar ainda os resultados de uma freguesia.
«A nossa mensagem não chegou aos portugueses»
- tvi24
- 26 mai 2014, 01:52
Portugal Pro Vida considerou que os resultados não correspondem «minimamente ao esforço despendido»
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