«Coligações não, obrigado» - TVI

«Coligações não, obrigado»

Santana Lopes

Santana não quer «poder condicionado». Patinha Antão quer que o PSD volte a ser «o partido da classe média»

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Pedro Santana Lopes, candidato à liderança do PSD, afirmou esta sexta-feira que recusará coligações com outros partidos para eleições legislativas e europeias, caso seja eleito a 31 de Maio, noticia a agência Lusa.

«Coligação não, obrigado, a não ser nas autárquicas, se as bases assim o entenderem», deixou claro o candidato, que chefiou um governo PSD/CDS-PP que «herdou» quando Durão Barroso foi presidir à Comissão Europeia. Santana Lopes havia já dito quinta-feira que não voltaria a aceitar «um poder condicionado».

Numa sessão realizada em Matosinhos, o candidato desafiou os militantes a pensarem «quem é que Sócrates gostaria menos que aparecesse à sua frente» enquanto líder do PSD e quem «melhor pode pôr na ordem» o primeiro-ministro.

Para provar que é o mais preparado para esse perfil, Santana Lopes criticou o Governo socialista, cuja política fiscal «está a enriquecer o orçamento do senhor Zapatero», dado o número de portugueses a deslocarem-se a Espanha para encher o depósito e comprar produtos.

Depois de na quinta-feira ter exigido que José Sócrates pague a multa prevista na lei por ter fumado dentro de um avião, afirmou que, se tivesse sido ele próprio apanhado nessa situação, «já o Parlamento estava dissolvido».

«Já saíram três ministros de Estado deste Governo e não houve qualquer problema», recordou, afirmando que gostaria de ter tido Cavaco Silva como Presidente da República quando foi primeiro-ministro.

Patinha Antão quer que o PSD volte a ser «o partido da classe média»

Patinha Antão, o outro candidato presente na sessão, salientou a necessidade do PSD resolver o seu problema de liderança e pôr fim ao ciclo dos últimos 12 anos.

Salientou que o seu projecto é para duas legislaturas e visa impor à sociedade uma mudança social-democrata baseada em sete compromissos e numa política económica nova. «Há demasiadas famílias com mais mês que salário, o Estado não paga a tempo e horas, muitas empresas vivem dificuldades», descreveu.

Patinha Antão lamentou que em particular o Norte, «por negligência das políticas públicas», esteja «condenado a crescer menos do que o resto do País, estando muito perto duma grave crise social».

O candidato lamentou ainda que o PSD valha hoje «cerca de 30 por cento dos votos, quando já correspondeu a 45 por cento». «Comigo, o PSD volta a ser o partido da classe média», sublinhou.
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