Censura ao Governo é «sentimento da sociedade» - TVI

Censura ao Governo é «sentimento da sociedade»

Jerónimo de Sousa diz não compreender «que o PS vote contra» a moção apresentada pelos comunistas

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu, esta sexta-feira, que a censura ao Governo é um «sentimento prevalecente na sociedade portuguesa», dizendo não compreender «que o PS vote contra» a moção apresentada pelos comunistas.

Em conferência de imprensa na Assembleia da República, o líder comunista disse que a moção de censura é contra «uma política que tem provocado o definhamento do país» e que o «encaminha para o desastre».

«Partindo da situação em que o país hoje se encontra, das dificuldades em que a maioria dos portugueses vivem, considerando toda a tese falaciosa que o Governo vinha desenvolvendo desde que tomou posse de que era preciso ficar pior agora para ficar melhor mais à frente, chegamos aqui e encontramos um país mais injusto, com mais desemprego, mais pobreza, mais endividado e uma recessão das mais prolongadas da nossa história recente», afirmou.

Jerónimo sustentou a iniciativa do PCP, que será debatida a 25 de junho, com o «sentimento da maioria dos portugueses atingidos nas suas vidas, nos empregos, nas suas famílias, por esta política profundamente errada».

«Nós consideramos que este sentimento de censura a esta política e ao Governo corresponde de facto a um sentimento prevalecente hoje na sociedade portuguesa», disse.

O comunista acusou o Governo de estar a minar a soberania do país e de não se vislumbrar solução para «os dois problemas que dizia que ia resolver, o défice e a dívida». «O défice continua a conhecer as dificuldades que são conhecidas e o serviço da dívida tem vindo a aumentar, correndo-se o sério risco de se chegar a um momento em que não é não pagamos, é não podermos pagar», assinalou.

Numa resposta aos comentários de PSD, CDS-PP e PS, Jerónimo de Sousa rejeitou as acusações de «instabilidade política» e defendeu que «muito mais grave é a instabilidade social que hoje se vive no país».
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