A acção de campanha em Viseu prometia. Sol, muito calor. Depois, uma chuva miúda. Mas também quente. Quase tropical. Os primeiros bombos oficiais desta campanha da CDU guiavam o grupo de cerca de uma centena de pessoas pelo centro da cidade. Rossio, Rua Formosa, Rua Direita. Chovia mas não doía.
Jerónimo de Sousa ainda desvalorizou pelo meio as declarações de Paulo Portas, que disse que
Subiu-se em direcção à Sé e, quando se dobrou uma esquina da Praça Dom Duarte, com a Rua do Comércio, o Sol foi-se, a chuva caiu com força. Com muito mais força ainda depois.
Partiu-se a comitiva. Primeiro os toldos das lojas chegavam. Depois já não. Com os bombos calados e a soarem trovões. Sem gritos de CDU, nem apertos de mão, toda a gente se apertou nuns poucos estabelecimentos e na entrada de um pequeno centro comercial.
Jerónimo de Sousa acoutou-se no número 51. Uma pequena retrosaria, onde falou com os empregados - o patrão estava fora - e trocou impressões sobre a crise no comércio local. A chuva ainda ajudou a vender umas t-shirts.
Do lado de fora trovejava. Caiu chuva grossa durante meia hora, com granizo à mistura. Arrefeceu-se os ânimos da comitiva mais solícita desta campanha.
Mas a chuva abrandou com a espera. O Sol apareceu. Ouviram-se algumas palmas e gritou-se novamente CDU. Também se ouviram os bombos. Não se ouviu mais Jerónimo. Entre os pingos de uma chuva mais complacente, entrou na rua e partiu. Estava feita a arruada.
Manuel Rodrigues, cabeça-de-lista pelo distrito, realça calor humano