Jerónimo «ministro» e «engenheiro» sem pactos com PS - TVI

Jerónimo «ministro» e «engenheiro» sem pactos com PS

Líder do PCP esteve esta manhã pelas ruas de Elvas

Relacionados
Jerónimo de Sousa disse que gostava que o PS «seguisse outro caminho», que permitisse formar uma alternativa «patriótica e de esquerda». Mas este PS - salientou esta manhã em Elvas - «trai esperanças» e «ideias» da sua «fundação» e por isso a CDU não pode pactuar com ele.

«Vamos ser cúmplices desta caminhada para o desastre? não podemos», disse Jerónimo de Sousa aos jornalista na Praça da República, ao final da manhã.

«Olhando para o PS, para a sua política, para a assinatura com a direita do chamado programa da troika, são elementos para fundamentar a nossa política de considerar que o PS vai no caminho errado», salientou.

O líder do PCP reforçou ainda a suas críticas: «O PS está a seguir o caminho mais errado para se encontrar essa solução patriótica e de esquerda».

Se gostaria que os socialistas seguissem outro caminho? «Então não gostaríamos? Não estamos aqui por mera concorrência eleitoral para distribuir uns lugares. Consideramos importante que o PS deixasse de ser o que é. E reforçasse a tal esquerda que defendemos».

Jerónimo disse que este é um problema «incontornável» e não quis sequer dizer o que fará se no caso da CDU ter a possibilidade de definir um Governo liderado por PSD ou por PS.

Questionado sobre se deve ser chamado a formar Governo o partido mais votado ou uma aliança que garanta uma maioria parlamentar, Jerónimo de Sousa deixou uma resposta em aberto, apontando para a «norma geral» da Constituição, que salienta que terão de ser «tidos em conta os resultados eleitorais».

«Isso é que falta saber», apontou, admitindo apenas que «pode não ser» o partido mais votado a formar Executivo. «A Constituição não obriga a tanto».

«Ministro» e «engenheiro»

Jerónimo de Sousa chegou a Elvas cerca das 11:00. À espera, cerca de duas dezenas de pessoas, a quem se foram juntando outras ao longo do caminho entre o Largo 25 de Abril e a Praça da República.

Pelo meio foi falando com a transeuntes e comerciantes. «Olha o senhor ministro, como está», diz uma senhora. «Ainda não sou, ainda não sou», responde o líder comunista. «Mas se vocês quiserem será», ouve-se uma outra voz. «Então felicidades para si», deseja o candidato. «Obrigado, senhor ministro», responde ela.

Jerónimo de Sousa «ministro» continuou Elvas acima, para entrar num café minutos depois, para mais um título para o currículo. «Sr. engenheiro desta vez», ouviu dentro de um café. Jerónimo teve de emendar novamente. Mas no meio da confusão há sempre uma voz que o emenda a ele. «Mas com as Novas Oportunidades já era».

Mais tarde, aos jornalistas, diria: «Já me têm chamado doutor e engenheiro. Ministro não. Foi uma confusão saudável neste momento da nossa luta. Não creio que venha a ser ministro, mas creio que a CDU se reforce».
Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE