Hoteleiros voltam a manifestar-se contra aeroporto da Ota - TVI

Hoteleiros voltam a manifestar-se contra aeroporto da Ota

Luís Alves de Sousa

A Associação dos Hotéis de Portugal (AHP) voltou esta segunda-feira a reiterar a posição que tem vindo a assumir publicamente, desde 1998, face ao mais recente anúncio deste Governo em prosseguir com o projecto para um novo aeroporto na OTA. Ou seja, uma posição de total discordância com esta opção.

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Para os hoteleiros, como para outros operadores do sector do turismo, «a capacidade do actual Aeroporto de Lisboa está longe de estar esgotada» e «se considerarmos a utilização da área do Figo Maduro e de qualquer uma das bases militares existentes na região (Alverca, Montijo e Sintra), constatamos que essa capacidade aumenta significativamente, assim haja coragem para mudar a situação actual de reduzida utilização pública da enorme capacidade aeroportuária instalada no nosso país», referem em comunicado, acrescentando que «o Euro 2004 provou que a simples utilização do Figo Maduro resolve grande parte dos problemas».

Como argumento, a AHP explica que a capital do país «não pode ter o seu aeroporto a 50 kms de distância (em Madrid a 13, Paris/Orly 14, Londres/Heathrow 24, Roma 26, Berlim 8, Bruxelas 12, Budapeste 24, e Viena 16 kms), pois além da perca de competitividade dos mercados de negócios e turismo (quebra prevista de 50% em short-breaks), penaliza gravemente os residentes dos Açores e Madeira, que têm de se deslocar frequentemente à capital por motivos de estudo, saúde ou negócios, bem como o seu sector turístico».

Por isso, e considerando, tal como a Agência Financeira já tinha noticiado, que é «grave que os principais agentes do turismo não tenham sido ouvidos relativamente a uma matéria tão importante para o sector, para o país e para os contribuintes», a AHP assegura que «não dispensa que sejam ouvidos os principais operadores e interessados no desenvolvimento turístico do país» de forma a que sejam esclarecidas muitas das questões que não podem deixar de ser dadas para que seja «tomada uma decisão que seja a melhor para Portugal», adiantam.
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