Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal (BdP), podia e devia ter tido rédea mais curta com o BPN, evitando a espiral de alegados crimes e ilícitos que conduziu à nacionalização do banco, consideram vários especialistas ouvidos pelo «Sol».
Logo em 2002 o Banco de Portugal teve conhecimento de várias anomalias contabilísticas no grupo Banco Português de Negócios (BPN).
Nessa data a auditora Deloitte levantou reservas às contas do BPN.
Segundo o mesmo jornal, fonte oficial do BdP alega, entretanto, que ele próprio já tinha detectado problemas, «transmitindo as dúvidas à administração do BPN em reunião de Dezembro de 2002¿anteriormente, portanto, à elaboração do relatório da Deloitte».
A instituição sublinha ainda que as situações «foram devidamente averiguadas e resolvidas». E esta semana o governador do BdP veio dizer que as contas estavam auditadas e certificadas, «nada fazendo pressupor a existência de actividades não registadas», «vastas operações clandestinas» que vieram a lume depois da saída de José Oliveira e Costa, no início deste ano.
Mas fonte da Deloitte contrapõe, dizendo que «só não viu quem não quis; o relatório (com as denúncias de irregularidades) continua, aliás, no site do banco».
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BPN: equipa do Furacão e Deloitte avisaram Constâncio
- Redação
- SPP
- 8 nov 2008, 10:28
![BPN](https://img.iol.pt/image/id/12630220/1024.jpg)
As situações «foram devidamente averiguadas e resolvidas» diz Governador
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