Ulrich diz que Cadilhe também é um bom nome para BCP

O presidente da comissão executiva do BPI, Fernando Ulrich, afirmou esta segunda-feira que Miguel Cadilhe também é um bom nome para a presidência do BCP e que o banco ainda não decidiu como vai votar na assembleia geral.

Fernando Ulrich, que participava numa iniciativa do BPI em Coimbra, disse que tanto Carlos Santos Ferreira como Miguel Cadilhe são dois bons nomes para a presidência do maior banco privado português, avança a «Lusa».

Ulrich, disse, também, que o BPI ainda não decidiu como vai votar na assembleia-geral de 15 de Janeiro do Banco Comercial Português (BCP), no qual detém uma participação de 8,87 por cento.

«Os votos dos BPI hão-de ser decididos pelo conselho de administração do banco, que ainda não discutiu essa matéria», disse.

«Ainda há tempo até à assembleia-geral (do BCP)», acrescentou.

Recorde-se que, a 26 de Dezembro, um dia antes de Santos Ferreira, ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), formalizar a sua lista para a administração do BCP, Ulrich considerou-o «um bom nome» para presidir ao maior banco português.

Na sua lista, Santos Ferreira incluiu os ex-administradores da CGD Armando Vara e Vítor Fernandes, mas os restantes quatro nomes (Paulo Macedo, José João Guilherme, Nelson Machado e Luís Pereira Coutinho) são oriundos do próprio BCP.

Depois de reclamar do prazo estabelecido pelo presidente da mesa da assembleia-geral do BCP para apresentação de listas e de ter conseguido uma prorrogação, Miguel Cadilhe apresentou uma lista liderada por si no último dia de 2007.

Além do ex-ministro das Finanças de Aníbal Cavaco Silva, a lista integra António Bagão Félix, Rui Horta e Costa, João Carvalho das Neves, Meira Fernandes e Carlos Alcobia, assim como Alexandre Bastos Gomes, actual administrador do BCP.

Elogia trabalho de Cadilhe

Hoje, o presidente da comissão executiva do BPI considerou que os dois candidatos são «dois bons nomes» e felicitou os accionistas do BCP por poderem optar por dois economistas «com provas dadas».

Mas elogiou Miguel Cadilhe, pelo trabalho desenvolvido como ministro das Finanças, mas também como presidente do Banco de Fomento e Exterior (BFE).

«Toda a gente que me conhece sabe que tenho muito boa impressão do trabalho que fez como ministro das Finanças», afirmou Ulrich.

«(Miguel Cadilhe era) presidente do Banco de Fomento quando o BPI o comprou e também posso testemunhar que o banco estava em muito boa condição financeira», acrescentou.

Sobre uma eventual fusão das duas candidaturas, o presidente-executivo do BPI disse que desconhece se é possível, juridicamente, fazê-lo, mas adianta que, como regra geral «na vida dos negócios», prefere «situações claras a situações complexas, confusas e ambíguas».

As acções do BCP fecharam a cair 1,10% para os 2,69 euros e as do BPI desvalorizaram 1,41% para os 4,90 euros.