BCP: Ministro das Finanças quer punições «doa a quem doer» - TVI

BCP: Ministro das Finanças quer punições «doa a quem doer»

Orçamento

Denúncias têm de ser investigadas até ao fim, diz Teixeira dos Santos

Relacionados
O ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, defendeu este domingo que as denúncias de «operações ilegais» e «eventuais ilícitos criminais» no Banco Comercial Português (BCP) devem ser investigadas e os culpados punidos, «doa a quem doer».

«É importante que as autoridades prossigam a sua actividade até ao fim e é importante que punam seja quem for e doa a quem doer», afirmou, em conferência de imprensa no intervalo da reunião do conselho de ministros informal, que decorre na residência oficial do primeiro-ministro.

«Foram enunciadas publicamente um conjunto de operações ilegais, operações que indiciam ilícitos de natureza criminal que estão sob investigação banco Portugal, da CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) e do próprio DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal)», sublinhou.

Teixeira dos Santos manifestou «apoio e confiança» às autoridades às quais compete as investigações e considerou «extemporâneo e injustificável a todo o título» críticas que possam pôr em causa a «independência das autoridades».

«Não faz sentido que, quando uma casa é assaltada, se corra atrás do polícia, faz sentido que corra atrás do ladrão», afirmou.

«É injustificável a todo o título que se procure fragilizar essas instituições atacando-as de forma injustificada. A quem serve questionar a independência das autoridades quando elas estão a desenvolver um processo de investigação?», questionou.

Resultados ainda por conhecer

As denúncias sobre operações bancárias do BCP alegadamente violadoras da lei ou das regras do mercado de capitais sucedem-se há mais de um ano, desconhecendo-se até hoje resultados de investigações desencadeadas pelo Banco de Portugal e pela CMVM.

Em meados de Dezembro, o investidor Joe Berardo, um dos principais accionistas do BCP, comunicou ao Procurador-geral da República (PGR) situações que considera irregulares no BCP, envolvendo empresas off-shore e pessoas individuais, tendo essas denúncias sido igualmente entregues ao Banco de Portugal e à CMVM.
Continue a ler esta notícia

Relacionados