«Hipers» abertos mais horas: 200 mil pessoas «ignoradas» - TVI

«Hipers» abertos mais horas: 200 mil pessoas «ignoradas»

  • Rui Pedro Vieira
  • 12 mai 2009, 16:41
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Grandes superfícies dizem que não desistiram do tema e vêem com mágoa a não votação da proposta de lei

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A causa não é nova mas não está esquecida: os hipermercados sentem-se discriminados por não poderem abrir aos domingos e feriados à tarde e voltam a apelar a uma mudança legislativa.

«Devem ser os consumidores a escolherem quais as melhores lojas, os melhores produtos, os melhores horários. Somos pela completa liberalização dos horários», defendeu o presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Luís Vicente Dias, esta terça-feira, num almoço com jornalistas. A razão prende-se com aquilo que o sector apelida de «distorção de concorrência».

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A APED voltou a enunciar que permitir aos hipermercados funcionarem por mais horas tem ganhos de produtividade e ao nível do emprego ou de horas trabalhadas: «Não vejo nenhuma razão para a lei não ser mudada. Acho que falta coragem ao país. A força dos nossos argumentos é tão grande que já se devia ter mudado a lei», acrescentou o porta-voz da associação.

Luís Vicente Dias lamenta ainda o modo como o assunto ficou esquecido e como «se ignoraram as 200 mil assinaturas» que deram forma a uma petição pela causa. Quanto à proposta de caber às autarquias decidirem sobre o tema, a APED entende que embora não sendo perfeita, a medida resolvia o problema.

No entanto, «foi com alguma mágoa que nos apercebemos que a lei nem chegou a ser votada», sublinhou no mesmo encontro.

«Hipers» analisam expansão «com cuidado redobrado»

A questão de um horário alargado de funcionamento não abranda mesmo com a crise, até porque na actual conjuntura a questão do preço baixo ganha peso e a medida iria contribuir para «gerar mais concorrência».

Sobre as estratégias de abertura de novas lojas para este ano e os próximos, a associação não tem conhecimento de mudanças acentuadas devido ao agravamento da conjuntura económica actual. «Pode ter havido algum ajustamento pontual», disse Luís Vicente Dias.

«Os projectos são hoje analisados com cuidado redobrado, mas há formatos que estão em grande expansão», reconheceu.
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