Bancos querem acabar de vez com os cheques - TVI

Bancos querem acabar de vez com os cheques

Cheque

A banca portuguesa pretende acabar com os cheques, um dos sistemas mais subsidiarizados de pagamento em Portugal.

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«Devem ser corrigidas as distorções actuais» dos meios de pagamento em Portugal, especialmente os cheques, adiantou Norberto Rosa, administrador da Caixa Geral de Depósitos, no fórum «O futuro dos sistemas de pagamento na Europa».

Os cheques têm custos elevados para a banca, pelo que se deve caminhar para o seu fim, tal como acontece por toda a Europa, adiantou o responsável, relembrando que em Portugal se passou de uma taxa de utilização de 73% entre os meios de pagamento sem ser em numerário, em 1991 para os 24,1% em 2002.

No entanto, António do Souto, administrador do Banco Espírito Santo, acrescentou que para que isso ocorra, tem de se «acabar com a subsidiarização cruzada dos meios de pagamento». Este ponto prende-se com o aumento, por parte do Estado, da garantia de pagamento dos cheques, que foi subida de 62,5 euros para os 150 euros, o que é considerado pelos responsáveis como um incentivo para o uso deste meio, assim como é a possibilidade de pré-datar o pagamento.

«O Banco de Portugal, em conjunto com o ministério das Finanças vai juntar um grupo de trabalho para analisar os meios de pagamento do mercado e apresentar propostas para a utilização dos mesmo», adiantou Manuel Sebastião, administrador do Banco de Portugal, acrescentando ainda que foi dado o primeiro passo quando o Ministério das Finanças decidiu acabar com o envio de cheques de reembolso do IRS pelo correio.

Já em substituição, os responsáveis elegem os meios de pagamento electrónico, que acarretam menores custos e ajudam no combate ao branqueamento de capitais, ao que Norberto Rosa adicionou que «seria útil fazer-se uma campanha para mostrar as vantagens dos meios de pagamento electrónicos em vez do cheque».
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