Desemprego entre licenciados aumenta 15% - TVI

Desemprego entre licenciados aumenta 15%

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O desemprego está a dar sinais de abrandamento. Os licenciados são a excepção.

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Segundo os dados relativos a Fevereiro do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), existiam no final do mês passado 487.936 desempregados inscritos nos seus centros. O valor representa um ligeiro crescimento de 0,1%, ou 313 pessoas face ao homólogo e uma descida de 0,7%, ou 3.248 indivíduos face ao mês precedente.

Mas, mais uma vez, os níveis de habilitação escolar mais elevados registaram aumentos de desempregados, com destaque para o Ensino Superior, onde o número de desempregados aumentou 15% face ao homólogo.

O desemprego de longa duração (1 ano e mais de inscrição) representava 41,2% do desemprego registado, e registou uma diminuição de 1,7%. O desemprego de curta duração cresceu, em relação a Fevereiro de 2005, cerca de 1,3%.

Norte é a única região com mais desemprego

Por regiões, com excepção do Norte, onde se observou um acréscimo de 2%, o desemprego registado diminuiu em todas as regiões do Continente e nas Regiões Autónomas.

As mulheres representam 57,1% dos desempregados, tendo o desemprego feminino aumentado 1,6%, ao contrário dos homens, que se reduziram em 4.122 (menos 1,9%).

Em termos de idades, os desempregados com 25 e mais anos de idade, registaram um acréscimo de 1,3%, enquanto que os jovens evoluíram mais favoravelmente, com uma queda de 6,6%.

O IEFP registou 7.813 ofertas de trabalho, menos 5,3% do que na mesma altura do ano passado.

Não qualificados e seguranças dominam listas de desempregados

Os «trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio» (58.875), os «empregados de escritório» (55.853), o «pessoal dos serviços de protecção e segurança» (49.768) e os «trabalhadores não qualificados das minas, construção civil e indústrias transformadoras» (43.240) eram as profissões mais abundantes nas listas de desemprego. Em conjunto, representavam cerca de 43,6% do total.

O maior aumento de desempregados deu-se, no entanto, nas profissões que exigem «aptidões e qualificações de nível intermédio e superior», de onde o IEFP destaca os «profissionais de nível intermédio do ensino», com uma subida de 68,2%, os «profissionais de nível intermédio das ciências da vida e da saúde», com mais 26,8%, os «especialistas ciências da vida e profissionais da saúde», com um aumento de 16%, os «outros especialistas, profissões intelectuais e científicas», com mais 15%, e os «docentes do ensino secundário, superior e profissões similares», com 14,4%.

Dos desempregados, 56,5% provinham de actividades do sector dos Serviços, sobretudo do comércio por grosso e a retalho e das actividades imobiliárias informáticas e investigação e serviços prestados às empresas. Depois, mais 39,4% eram oriundos da Indústria, Energia e Água e Construção, e os restantes 4% da Agricultura, Pecuária, Caça, Silvicultura e Pesca.
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