Economia nacional ainda sem sinais claros de retoma

A confiança dos consumidores mantém-se estável desde Janeiro e as condicionantes externas não se agravaram, «mas os sinais são ainda demasiado incertos para identificar qualquer movimento sustentado», refere o Instituto Nacional de Estatístico (INE).

No plano interno, no entanto, a restante informação apresenta indicações mistas quanto à intensificação da actividade. De acordo com os dados do INE, o consumo privado desacelerou ligeiramente em Fevereiro, em resultado do movimento dos bens duradouros, apenas parcialmente compensado pela aceleração do consumo corrente.

No investimento, o indicador apresentou em Março um reforço da quebra verificada no mês anterior, o que terá resultado do comportamento de todas as componentes, mas especialmente do investimento em construção.

Os dados do comércio internacional até Janeiro de 2005 revelaram uma intensificação do crescimento das trocas internacionais, movimento que neste mês foi ligeiramente mais forte nas exportações, embora a um ritmo inferior ao que seria de esperar, de acordo com a procura gerada nos principais mercados de destino.

No mercado de trabalho, os dados mais recentes não são claros quanto ao sentido da evolução, fornecendo os indicadores sinais contraditórios sobre o desemprego.

A inflação de Março foi de 2,2% o mesmo valor do mês anterior, tendo a taxa de inflação subjacente permanecido em torno dos valores que se têm registado desde Agosto de 2004.