Lucros do BPI sobem 7% para 74,2 milhões de euros

O lucro líquido em base recorrente (excluindo do lucro do 1.º trimestre de 2005 a mais valia líquida de impostos de 14.7 milhões de euros na venda de uma participação) regista uma progressão de 36%.

O lucro líquido por acção (Basic EPS) ascendeu a 10 cêntimos de euro (mais 8%). A rendibilidade dos capitais próprios (ROE) atingiu os 24%.

O documento adianta ainda que, no trimestre em análise, a margem financeira estritita aumentou para 134,4 milhões de euros, face aos 124 milhões de euros registados no mesmo trimestre de 2005.

Porém, o lucro do banco liderado por Fernando Ulrich ficou além do estimado pelos analistas, que estimavam que se situasse entre os 65,5 e os 87,7 milhões de euros, com a margem financeira entre os 136,4 e os 139,8 milhões de euros.

Já no que se refere à actividade doméstica, segundo o mesmo comunicado da CMVM, o lucro líquido ascendeu a 49,9 milhões de euros, o que correspondeu a um crescimento de 12,8% relativamente aos resultados de natureza mais recorrente obtidos no trimestre homólogo de 2005, ou seja, excluíndo o lucro de 58,9 milhões de euros do primeiro trimestre de 2005, as mais-valias, líquidas de impostos, realizadas na alienação da participação nas Auto Estradas do Oeste, no montante de 14,7 milhões de euros.

A rendibilidade dos capitais próprios médios alocados à actividade doméstica (ROE) situou-se em 18,7% no primeiro trimestre de 2006.

Actividade internacional do banco aumenta 135%

Relativamente à actividade internacional, o BPI adianta que o lucro desta ascendeu a 24,3 milhões de euros.

O valor corresponde a uma subida de 135% relativamente ao trimestre homólogo de 2005. Quanto à média trimestral de 2005, esta representa um crescimento de 35,9%.

O contributo do Banco de Fomento Angola para o lucro consolidado foi no montante de 23,4 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 138% relativamente ao contributo de 9,8 milhões de euros do período homólogo.

O banco, alvo de OPA pelo BCP, destaca, ainda, o contributo para o lucro da participação de 30% no BCI Fomento (Moçambique), reconhecida por equivalência patrimonial, foi de 900 mil euros, contra 500 mil euros no primeiro trimestre de 2005.