O gestor, que falava na sessão de encerramento do Fórum Brasil 2005, afirmou que «o futuro e o potencial da economia brasileira continuam a representar uma forte aposta para o grupo».
«No entanto, e para que o compromisso a prazo do Grupo PT para com o mercado brasileiro seja sustentável, consideramos fundamental que o quadro regulatório para o sector das telecomunicações móveis assegure as condições necessárias a uma justa rentabilização do considerável esforço de investimento já realizado no Brasil», defendeu.
Miguel Horta e Costa diz que não quer uma revisão regulatória que afecte o ambiente competitivo do mercado brasileiro, mas considera importante que sejam asseguradas ao grupo as condições para que possa ter cobertura nacional.
O presidente executivo da PT afirmou não ser aceitável que os 30 milhões de clientes que a Vivo tem no Brasil «sejam prejudicados pelo facto de a qualidade do serviço prestado nos estados do Norte, em que a Vivo não está presente, não ser a melhor», colocando-o em desvantagem face aos outros operadores.
Miguel Horta e Costa referia-se especialmente ao facto de o Grupo PT ser prejudicado nas regiões em que não está presente pelo facto de ter optado pela tecnologia CDMA (terceira geração de telefonia móvel) em vez da GSM.
Segundo o gestor, existem duas soluções para resolver a questão: ou fazer um upgrade tecnológico dos operadores instalados nessas regiões (Minas Gerais, Piaui, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernanbuco, Alagoas e Minas Gerais), ou realizar um leilão do espectro disponível para a operação CDMA nestas regiões.
Miguel Horta e Costa defendeu também uma «maior flexibilização dos impostos e contribuições que incidem sobre o serviço de telefonia móvel no Brasil» para que seja possível universalizar a sua utilização.
A Vivo é o operador móvel líder no Brasil com 28 milhões de clientes e uma quota de mercado de cerca de 35%.
Representa já cerca de 75% do total de clientes da PT, 30% dos proveitos operacionais do grupo e cerca de 22% do EBITDA (resultado bruto operacional).
PT quer alteração das regras para permanecer rentável no Brasil
- Redação
- Lusa/PGM
- 24 nov 2005, 19:17
O presidente executivo da Portugal Telecom, Miguel Horta e Costa, afirmou hoje que o grupo tem um compromisso de longo prazo com o mercado brasileiro, mas defendeu alterações do quadro regulatório para tornar sustentável esse compromisso.
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