Sócrates garante cumprimento do défice de 4,6% em 2006 - TVI

Sócrates garante cumprimento do défice de 4,6% em 2006

José Sócrates, secretário-geral do PS

O primeiro-ministro, José Sócrates, garantiu hoje que o Governo recorrerá a «todas as medidas necessárias» para cumprir a meta orçamental de 4,6% no final deste ano, mesmo com a actual alta do preço do petróleo.

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As declarações de José Sócrates foram proferidas na Assembleia da República, no final da sessão de abertura da interpelação do PCP ao Governo sobre «condições de prestação e acesso aos serviços públicos de saúde».

O primeiro-ministro reconheceu que a actual conjuntura de subida do preço do petróleo nos mercados internacionais «é um momento difícil» para as economias europeia e portuguesa.

«As dificuldades da actual conjuntura internacional eram já conhecidas, embora não fosse previsível um aumento tão alto» do preço do crude, referiu o chefe do executivo.

No entanto, segundo Sócrates, «a economia mundial tem reagido com determinação», apesar de «a conjuntura internacional ser desfavorável», também em consequência da concorrência nos mercados internacionais feita por países emergentes como a China e a Índia.

«Mas o Governo, quando tomou posse, já sabia destas dificuldades da conjuntura internacional e a economia portuguesa vai crescer para resolver os problemas», declarou José Sócrates.

O primeiro-ministro lembrou depois que, quando tomou posse em Março de 2005, «previa-se um défice de 6,83% no final do ano», mas o seu executivo conseguiu baixá-lo para a casa dos seis por cento.

«Quero aqui garantir que o Governo tudo fará para cumprir a meta de ter um défice de 4,6 por cento no final de 2006 e para ter as contas públicas em ordem», disse, antes de deixar uma garantia de médio prazo.

«Dentro do calendário e o ritmo previstos, vamos tomar todas as medidas que forem necessárias para que Portugal cumpra o compromisso assumido com Bruxelas de ter o défice abaixo dos três por cento em 2008», frisou.

Nas declarações aos jornalistas no Parlamento, José Sócrates acabou por não responder a qualquer pergunta sobre o episódio de falta de quórum no Parlamento, na quarta-feira passada, que impediu a realização das votações previstas para esse dia.
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