Ministro optimista com execução orçamental do 1º trimestre

Num encontro promovido pelo American Club em Lisboa, o ministro disse que depois de ter conseguido «alguma consolidação» em 2005, o processo vai continuar este ano. No primeiro trimestre, e tendo em conta os dados da Direcção-geral do Orçamento, considerou que «estamos na rota certa, não há motivos para preocupação, porque não há nenhum desvio do caminho traçado».

Aliás, garantiu, «se mantivermos nos próximos trimestres o quadro de execução orçamental que tivemos durante o 1º trimestre, não será preciso qualquer reforço das medidas já adoptadas».

Apesar de cada trimestre corresponder a 25% da execução orçamental do ano, nos primeiros três meses do ano, a execução conseguiu ficar-se pelos 22%, «o que nos dá alguma margem de confiança e segurança. O 1º trimestre correu bem», disse.

Teixeira dos Santos traçou alguns desafios fundamentais para que a economia nacional se adapte às alterações que se deram, nas últimas décadas, no contexto internacional.

Um desses desafios passa por criar um quadro macroeconómico estável, porque, enquanto houver a percepção de que existe um risco do ponto de vista macroeconómico e das finanças públicas, não estarão reunidas as condições necessárias para atrair o investimento.

Este desafio, como lembrou o ministro, exigiu medidas duras por parte do Governo, como o aumento de impostos, nomeadamente do IVA. A opção de subir o IVA em vez de qualquer outro imposto justificou-se pelo facto de ser este o aumento que menos penalizaria a economia. E o aumento de impostos era necessário, ao mesmo tempo que se tomavam medidas do lado da despesa, para conseguir alguns efeitos a nível mais imediato.