PSD acusa traçado de TGV de ser «absolutamente irracional» - TVI

PSD acusa traçado de TGV de ser «absolutamente irracional»

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Oposição promete «guerra sem quartel»

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O presidente do grupo parlamentar do PSD prometeu esta terça-feira uma «guerra sem quartel» ao traçado previsto do TGV, considerando-o «totalmente irracional» por passar na Ota e com entrada em Lisboa pela margem Norte do Tejo.

Segundo a agÊncia Lusa, o traçado da alta velocidade ferroviária Lisboa-Porto foi o assunto em debate numa audiência do presidente da bancada parlamentar do PSD, Paulo Rangel, e do deputado Pedro Duarte, com o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), Francisco Van Zeller, que recentemente afirmou que o Governo optou por uma solução «absurda» e «inexplicavelmente» mais cara.

Na semana passada, o PSD também condenou o projecto e citou um estudo da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento do Transporte Ferroviário (ADFER) para acusar o Governo de «optar por um traçado que custa mais mil milhões de euros do que o traçado alternativo pela margem Sul».

Após o encontro com o presidente da CIP, Paulo Rangel reiterou as críticas, afirmando que «não é a primeira vez que o Governo se engana redondamente e não faz os trabalhos de casa e prejudica o país desta maneira, a seis meses das eleições», comparando o processo do TGV ao da escolha da localização do novo aeroporto de Lisboa.

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O PSD considera que o traçado previsto é «totalmente irracional» e questiona: «Como é que, tendo mudado o aeroporto de lugar [da localização inicialmente prevista da Ota para Alcochete] o traçado do TGV continue a passar na Ota?».

Para a bancada social-democrata, «não se justifica que o país gaste mil milhões de euros para poupar um ou dois minutos», diferença permitida pela entrada pela margem direita (Norte).

Governo deve «ser chamado à pedra»

O PSD promete «uma guerra sem quartel» e defende que o Governo «deve ser chamado à pedra», nomeadamente com a presença «dos responsáveis» no Parlamento para «explicarem por que é que querem gastar mais mil milhões de euros» num traçado que «condiciona por completo a vida em Lisboa» e comporta «um conjunto de erros com consequências gravíssimas».

Na semana passada, Paulo Rangel já anunciara que iria exigir explicações do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações no Parlamento.
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