Pinto Monteiro dá explicações no Parlamento sobre nacionalização do BPN - TVI

Pinto Monteiro dá explicações no Parlamento sobre nacionalização do BPN

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Fiscalização política da Assembleia da República não pode prejudicar investigação criminal

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O PS solicitou esta quinta-feira a presença do procurador Geral da República (PGR), Pinto Monteiro, no Parlamento, para esclarecer o curso das investigações judiciais em relação à gestão do Banco Português de Negócios (BPN).

A posição foi transmitida pelo líder parlamentar socialista, Alberto Martins, que adiantou que Pinto Monteiro já se mostrou disponível para comparecer em breve na Assembleia da República, mais concretamente na Comissão Parlamentar de Finanças e Orçamento, avana a «Lusa».

«Os factos graves que conduziram à nacionalização do BPN e que lesaram o interesse nacional não podem deixar de ser alvo de uma investigação criminal célere, profunda e consistente, que responsabilize civil e criminalmente os responsáveis por essa situação», declarou o presidente do Grupo Parlamentar do PS.

Nesse sentido, segundo Alberto Martins, «interessa ao PS a verdade em todas as suas dimensões, que a investigação criminal se faça da forma mais rigorosa».

«O papel de fiscalização política da Assembleia da República não pode em nenhuma circunstância prejudicar a investigação criminal. Por isso, o PS pede a vinda do procurador Geral da República ao Parlamento com toda a brevidade, para dar conta do processo de investigação criminal», frisou Alberto Martins.

Em declarações aos jornalistas, o presidente do Grupo Parlamentar do PS afirmou, após o procurador Geral da República prestar esclarecimentos na Assembleia da República, «significa que o Parlamento pode aferir com rigor o que não prejudica a investigação criminal».

PS impõe sozinho reprovação de audiências

Quarta-feira, o PS impôs sozinho a reprovação de audiências solicitadas pelo Bloco de Esquerda e PCP a ex-administradores do BPN, casos dos ex-dirigentes do PSD Dias Loureiro, Oliveira e Costa e Miguel Cadilhe.

Confrontado com esta decisão da bancada socialista, Alberto Martins alegou que «o PS não eliminou dos seus poderes investigatórios ou de intervenção no plano político».

«Mas, para o PS, é essencial que não haja qualquer prejuízo do apuramento da verdade, cuja sede nesta fase é o processo de investigação criminal em curso», justificou.
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