Moreira Rato diz que accionistas vão encontrar solução para BCP

O pequeno accionista do BCP acredita, no entanto, que a instituição vai continuar a liderar a banca privada, avançou a «Lusa».

Frederico Moreira Rato afirma que o «BCP foi caracterizado por ser conduzido com muita cabeça e muita inteligência» e que foram essas características que transformaram a instituição «num caso de estudo internacional».

«Essa inteligência não se perdeu e há muita gente com muito valor naquele que se diz serem dois lados», sublinha Moreira Rato, acrescentando que, por isso mesmo, acredita que será encontrada uma solução.

«Tenho a certeza de que se encontrará uma solução para o banco», enfatiza.

Frederico Moreira Rato esteve presente na assembleia-geral de 6 e Agosto do Banco Comercial Português (BCP), representando cerca de 690 mil títulos da instituição financeira, o que traduz uma posição pouco inferior a 0,02 por cento do capital do banco.

A assembleia geral de accionistas do BCP de 6 de Agosto, que decorreu no edifício da Alfândega, no Porto, foi suspensa, até 27 de Agosto, antes de se iniciar a ordem de trabalhos, devido a um problema informático que impossibilitava o registo das votações.

Esta reunião de accionistas era considerada essencial para solucionar o conflito que opõe os grupos de apoiantes do presidente do conselho de administração do banco, Paulo Teixeira Pinto, e do fundador e presidente do conselho geral e de supervisão da instituição financeira, Jorge Jardim Gonçalves.

O BCP vive uma crise interna em que se opõem grupos de apoiantes (accionistas e quadros) do presidente do conselho de administração do banco, Paulo Teixeira Pinto, e do fundador e presidente do conselho geral e de supervisão da instituição financeira, Jorge Jardim Gonçalves.

Frederico Moreira Rato disse que estará presente na assembleia-geral da próxima segunda-feira, mas sem escolher facções.

«O meu compromisso é com o banco», sublinhou.

«O que é importante é que o BCP não perca de vista os clientes e acrescente valor», disse.