«Talvez tivesse sito mais razoável ter determinado a cessação do estatuto de arguidos daqueles que foram constituídos e, noutro contexto processual, continuar a investigação», escreve o ex-director da Polícia Judiciária Alípio Ribeiro em artigo de opinião publicado esta terça-feira no jornal Diário Económico, criticando assim o arquivamento do processo.
Maddie: caso arquivado
Para Alípio Ribeiro, responsável pela polícia de investigação à data do desaparecimento da menina inglesa, o caso Maddie «não devia ser fechado tão cedo», lamentando que o Ministério Público não tenha «uma cultura de revisitação dos inquéritos correspondentes a crimes mais graves e arquivados por falta de prova».
A Procuradoria Geral da República (PGR) anunciou ontem o arquivamento do processo Maddie McCann, 15 meses depois do arranque das investigações. Alípio Ribeiro questiona: «Em que momento se pode dizer que tudo foi feito quando se sabe que uma investigação criminal não é um exercício de artmética? Quando se desiste?».
O procurador-geral adjunto chama à atenção para o que se passa a nível internacional e também para a nota que a PGR emitiu, onde se lê que o caso swerá reaberto caso haja novos dados, referindo que, ao terminar a investigação, deixa de haver possibilidade de se encontrar novos indícios ou suspeitos.
«Da análise de alguns casos ocorridos no estrangeiro e em que a investigação alcançou resultados, verifica-se que os mesmos foram obtidos, algumas vezes, muitos anos depois. Um arquivamento precipitado pode vir a prejudicar, quem sabe se definitivamente, um esclarecimento posterior».
Caso Maddie «não devia ser fechado tão cedo»
- Redação
- PO
- 22 jul 2008, 08:32
Ex-director da PJ, Alípio Ribeiro, critica o arquivamento do processo por parte do Ministério Público
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